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KPMG Portugal foi alvo de buscas por ser "mera depositária de informação"

As investigações em torno do BES motivaram buscas na sede da KPMG em Lisboa. A auditora portuguesa defende que é uma "mera depositária de informação" já que os processos são no estrangeiro.

Bruno Simão/Negócios
02 de Março de 2016 às 19:12
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A KPMG Portugal confirma que foi alvo de buscas, em Lisboa, mas recusa ser directamente visada nos processos que as motivaram.

 

"A KPMG Portugal confirma que, durante o dia de hoje, decorreram diligências por parte das autoridades judiciais nas suas instalações em Lisboa, relativamente a processos em curso relativos ao universo BES e que não visam a KPMG Portugal", assinala o comunicado enviado pela auditora às redacções.
 

Segundo o documento, datado desta quarta-feira 2 de Março, a KPMG Portugal, que era a auditora do BES, é apenas uma "mera depositária de informação". Em Angola, a KPMG Angola era a auditora do BES Angola. Apesar de serem do mesmo grupo, e de terem o mesmo presidente, a KPMG Portugal e a KPMG Angola são entidades jurídicas independentes. 

 

"Informamos ainda que a KPMG Portugal continuará, como sempre, a colaborar com as autoridades judiciais em tudo o que estiver ao seu alcance", anuncia ainda o comunicado publicado pela empresa liderada por Sikander Sattar (na foto), que é, então, o presidente da KPMG Angola.

 

As buscas, inicialmente noticiadas pelo jornal Expresso, já tinham sido confirmadas pela Procuradoria-Geral da República, que adiantou ainda que as diligências se inseriam nas investigações em torno do processo "Universo Espírito Santo".

 

Além de auditar, em Portugal, o BES, que ficou debilitado pela excessiva exposição ao BES Angola (que era auditado pela KPMG Angola), o grupo de auditoria era também o responsável por olhar para os veículos montados pelo Credit Suisse de que os clientes emigrantes do BES e sucursais passaram a ter acções preferenciais – e de cujo investimento não deverão recuperar todo o investimento apesar da proposta comercial feita pelo Novo Banco. Estes veículos financiaram empresas do GES e o próprio BES. 

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