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Internet torna cliente menos fiel à seguradora e mais sensível a preço

A utilização da Internet está a tornar os clientes mais sensíveis aos preços e menos leais à seguradora, explicando, em parte, que quase 40% dos clientes de seguros não-vida tenham trocado de seguradora nos últimos cinco anos.

05 de Fevereiro de 2007 às 15:54
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A utilização da Internet está a tornar os clientes mais sensíveis aos preços e menos leais à seguradora, explicando, em parte, que quase 40% dos clientes de seguros não-vida tenham trocado de seguradora nos últimos cinco anos.

A conclusão é do primeiro World Insurance Report, citado pela Lusa, um estudo internacional realizado junto de mais de 10.000 clientes, seguradoras e mediadores.

O estudo, realizado pela Capgemini e a European Financial Management & Marketing Association (EFMA), indica que o cliente satisfeito não está necessariamente fidelizado, já que embora poucos expressem abertamente insatisfação com as seguradoras ou mediadores, quase 40% dos clientes de seguros não-vida trocaram de seguradora nos últimos cinco anos.

"A crescente utilização da Internet está a criar maior transparência na indústria, oferecendo aos clientes melhor acesso à informação sobre as especificações e preços dos produtos, resultando num maior poder de negociação", explica Bertrand LavayssiŠre, director geral, Capgemini Global Financial Services.

Com essa nova ferramenta de informação "os clientes estão a tornar-se mais auto suficientes, mais sensíveis aos preços e menos leais", conclui o mesmo responsável.

Os clientes raramente interagem com as seguradoras – 71% dos clientes nunca ou raramente (apenas uma vez por ano) -, indica o estudo, pelo que para melhorarem as suas relações com os clientes as seguradoras terão de contar com os mediadores.

Dos mediadores entrevistados, dois terços disseram acreditar que podiam conseguir que os clientes aumentassem os seus gastos em serviços financeiros se as seguradoras lhes dessem melhores dados e ferramentas.

Apenas 27% dos mediadores inquiridos pensam que estão actualmente bem posicionados para explorarem todo o potencial da sua base de clientes existente.

"Isto demonstra que as seguradoras podem e devem optimizar as relações de parceira com os mediadores", aconselham os autores do estudo, defendendo que aqueles que tiverem "capacidade de compreender e segmentar os mediadores terão uma importante vantagem competitiva".

Relativamente ao mercado segurador português, Paulo Morgado, administrador-delegado da Capgemini Portugal destaca que "actualmente, o sector da mediação em Portugal está em transformação e a nova legislação irá provocar uma concentração, e consequente profissionalização dos agentes mediadores".

"Torna-se urgente que as seguradoras reforcem a integração dos mediadores nos seus processos comerciais e de marketing", advoga Paulo Morgado, e também que lhes "assegurem maior eficácia comercial, dotando-os de melhores ferramentas de vendas e promovendo uma maior circulação de informação no canal de distribuição".

O World Insurance Report centrou-se em sete países que em conjunto representam mais de 60% dos prémios de seguros directos a nível mundial: França, Alemanha, Itália, Holanda, Espanha, Reino Unido e Estados Unidos.

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