Heloísa Apolónia questionou o primeiro-ministro sobre o facto de só agora ter resolvido falar sobre este tema, questionando-o também pela razão que levou Adelino Cunha, adjunto de Miguel Relvas, a demitir-se. Passos Coelho não respondeu directamente às questões. Heloísa Apolónia concluiu então que o primeiro-ministro “escolheu este tema porque estava entalado”, e que só isso explica o facto de Passos não explicar a demissão do adjunto.


Passos optara por defender os serviços de informação. “Não há nenhuma promiscuidade entre o Governo e os interesses económicos. Não há nenhuma promiscuidade entre partidos da maioria e serviços de informação”, assegurou. “Não posso pôr-me na posição fácil de juntar várias suspeitas para obter efeito final”, acrescentou; “cabe-me fazer o contrario, que é manifestar a minha confiança de que os serviços de informação”.


Apesar de os serviços “precisarem de evoluir”, “têm dado provas de maturidade” e “não podem ser contaminados a acções imputadas a alguns dos seus ex-membros”.