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Greve no metro de Londres contra redução de 800 trabalhadores

A greve que hoje se iniciou no ‘The Tube’ londrino, convocada por dois poderosos sindicatos do sector, RMT e a TSSA, luta contra uma redução planeada em 800 trabalhadores relacionada com o corte de financiamento por parte do Governo britânico.

06 de Setembro de 2010 às 19:36
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A BBC pergunta, na sua página: ‘Como irá para o trabalho amanhã?’, num inquérito dirigido a todos os que habitam em Londres e que dependem do metropolitano para se movimentarem na cidade. A pergunta vem na sequência da greve que está a paralisar o metropolitano britânico e que se estenderá até amanhã se os sindicatos assim o pretenderem.

A partir das cinco da tarde de hoje, reporta a BBC, os trabalhadores da manutenção do metropolitano cessaram actividade, e espera-se que maquinistas, controladores de tráfego e agentes de estação comecem a greve pelas nove horas de hoje. É uma greve que se estenderá por 24 horas a partir das 21h, com impacto considerável na rotina de muitos londrinos.

Prevê-se para esta greve, convocada pelos sindicatos RMT (Rail Maritime and Transport Union) e TSSA (Transport salaried Staff Association), uma adesão considerável. Um porta-voz da RMT, citado pela BBC, diz que “é impossível esperar que o metro funcione sem 10.000 trabalhadores”.

A autoridade dos transportes londrina, a Transport for London já garantiu serviços alternativos como 100 autocarros extra em circulação, serviços especiais de táxi e um reforço dos serviços de atravessamento do Tamisa em 10.000 viagens. O uso da bicicleta é inclusive encorajado para o dia de amanhã.

O presidente da Câmara de Londres, Boris Johnson, eleito pelo Partido Conservador, põe-se ao lado da TfL e diz que “é preciso clarificar que a RMT e a TSSA planeiam incomodar os londrinos por péssimas razões”.

Numa tentativa de última hora de conter a greve, a TfL tentou iniciar conversações com os sindicatos para “cancelar as greves convocadas e regressar às conversações para evitar incómodos a todos os que habitam em Londres”, com a subsequente recusa da RMT, que está “disposta a falar mas não com uma arma apontada à cabeça”.

A TfL espera para amanhã manter serviços a 50% em algumas linhas e a 25% noutras, embora prevendo a necessidade de analisar a situação numa base horária.

O impacto económico desta greve será, a par das alterações na rotina dos habitantes de Londres, estimável em “milhões de libras perdidas em produtividade”, diz Mark Heraghty, director da Virgin Media Business ao Wall Street Journal.

Não obstante a greve já se ter iniciado, à hora da redacção deste artigo (19.11h de segunda-feira), apenas duas linhas do metropolitano londrino registavam ‘ligeiros atrasos’, com a linha de Bakerloo a registar suspensões parciais no percurso a par de atrasos menores.

A RMT e a TSSA prevêem convocar novas greves de vinte e quatro horas em Outubro e Novembro no caso de não se encontrar um acordo entre as duas partes.

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