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Governo e Bloco juntos terça-feira para discutir Programa de Estabilidade

Documento vai ser aprovado no Conselho de Ministros de quinta-feira. Costa já admitiu revisão em baixa das previsões económicas.

Bruno Simão/Negócios
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O ministro das Finanças, Mário Centeno, encontra-se esta terça-feira de novo com a delegação do Bloco de Esquerda, para falar sobre o Programa de Estabilidade, numa altura em que o documento entra na recta final de preparação e em que as conversas com os parceiros no Parlamento se intensificam.

Esta já não é a primeira reunião - a 5 de Abril o governante reuniu-se separadamente com o PCP e o Bloco - mas deve ser a primeira em que o ministro revela dados mais concretos sobre o Programa de Estabilidade, já que no primeiro encontro Mário Centeno levou apenas linhas muito gerais.

Entretanto, as notícias de que o Governo se prepara para rever em baixa as previsões fizeram soar as campainhas. Pelo menos, no Bloco de Esquerda. A coordenadora do partido, Catarina Martins, já tinha avisado o primeiro-ministro, António Costa, que se as reformas previstas no Programa Nacional de Reformas não servirem para criar emprego, então não servem para nada.

Depois disso, o Negócios noticiou que o Governo está mais pessimista quanto à criação de emprego na legislatura, quando comparado com as perspectivas que o PS assumiu no programa eleitoral e que foram validadas depois de assinadas as posições conjuntas com os partidos à esquerda que suportam o Governo. Também a TSF adiantou que o Governo já estava a preparar o BE e o PCP para um corte de previsões.

No entanto, desde aquele primeiro encontro entre Centeno e os parceiros de Governo que não voltou a haver reuniões. E no debate quinzenal de sexta-feira passada, António Costa assumiu que "o Programa de Estabilidade tem que assentar no realismo das previsões. Temos que discutir se queremos ou não ser voluntaristas. Em matéria de previsões convém ser previdente e conservador".

Costa afirmou também que as perspectivas para Portugal "não são boas", numa altura em que as instituições apresentam previsões mais baixas para o crescimento do PIB este ano, o que coloca o Governo como o mais optimista quanto ao desempenho económico para este ano.

Segundo apurou o Negócios, o Governo prepara-se, porém, para manter a previsão de crescimento para este ano em 1,8%, não assumindo assim qualquer alteração para este ano, como deverá fazer em relação às medidas do plano B - que ficarão fora do Programa de Estabilidade.

O cenário macroeconómico pode ainda assim não estar completamente fechado. No domingo à noite, o conselheiro de Estado Luís Marques Mendes adiantou na SIC que o Executivo avança com uma revisão em baixa da projecção para 1,4% ou 1,5%. 

O documento será validado politicamente no Conselho de Ministros desta quinta-feira. 

  
 

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