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Governo diz que apoia propostas que sustentem o seu modelo para a energia
O Estado vai votar favoravelmente qualquer proposta que seja feita nas assembleias gerais das empresas de energia – Galp Energia, REN e EDP – desde que ela favoreça a configuração para o sector defendida pelo Estado, afirmou hoje o ministro da Economia.
O Estado vai votar favoravelmente qualquer proposta que seja feita nas assembleias gerais das empresas de energia – Galp Energia, REN e EDP – desde que ela favoreça a configuração para o sector defendida pelo Estado, afirmou hoje o ministro da Economia.
A estratégia do Governo, inspirada no modelo traçado por João Talone, passa pelo destaque do negócio do gás da Galp Energia para a sua integração na Electricidade de Portugal (EDP) e a junção das redes de transporte do gás e de electricidade – Transgás e Rede Eléctrica Nacional (REN) – numa só entidade.
O ministro da economia Carlos Tavares considera que as empresas envolvidas têm que ter uma palavra «muito importante» em todo este processo. Em relação à «guerra das avaliações» dos activos do gás da Galp, afirma tratar-se de um episódio ridículo.
«É absurdo dizer que o Estado quer subavaliar as empresas que vai vender», afirmou Carlos Tavares numa audição realizada na Assembleia da República.
Quem define o valor da Transgás, a que corresponde cerca de 18,3% do capital da Galp Energia e deverá ser adquirida pela REN, «são os avaliadores escolhidos pelo Estado» num processo que tem ser validado pela Comissão de Acompanhamento das Privatizações, acrescentou o ministro.
Carlos Tavares não se pronunciou sobre o valor dos activos da distribuição do gás, e que estão dentro da Gás de Portugal (GdP).
No que respeita ao Mercado Ibérico de Electricidade (Mibel), o ministro reiterou que, da parte portuguesa, «temos reunidas todas as condições legais para o arranque deste mercado», sugerindo que eventuais atrasos deveriam ser imputados a Espanha..
As acções da EDP [EDP] seguiam nos 2,02 euros, a subir 1%.