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Gestores confiantes num novo ciclo de crescimento

Evolução do PIB no primeiro trimestre é “uma boa notícia para o país” e “há uma tendência de crescimento que está no princípio”. Gestores estão confiantes numa evolução sustentada da economia.

Reuters
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António Mexia, Fernando Ulrich, Mário Vaz e Eduardo Catroga comentaram ao Negócios o crescimento de 2,8% do PIB no primeiro trimestre, à margem da apresentação do MUDA - Movimento pela Utilização Digital Activa. O tom é de optimismo em relação à evolução futura da economia.

"Os números do PIB são uma boa noticia para todos, e esperamos que se mantenham, essa é a questão essencial", sublinhou António Mexia. Passam-se coisas "muito positivas" no país que contribuem para que este crescimento "seja duradouro", afirmou o presidente executivo da EDP à margem da apresentação do MUDA, que se realizou esta segunda-feira na sede da empresa, em Lisboa.

O presidente do BPI também mostrou confiança no rumo da economia. "É muito bom, fico muito contente. Vemos isso no país, sente-se que a economia está melhor. Obviamente que em Lisboa e no Porto, com o ‘boom’ do turismo, é mais evidente, mas não só. Isso dá-nos ânimo para o futuro", afirmou Fernando Ulrich.  "Não vou fazer previsões de números mas o que sinto é que há uma tendência de crescimento que está no princípio".

"Vejo com satisfação, naturalmente. Ver um crescimento acima de 2% é bom", assinalou Mário Vaz, presidente executivo da Vodafone.

"São boas notícias. Felizmente está em curso um processo de consolidação, de retoma da economia que começou em 2015. Recordo que o crescimento em 2015 foi de 1,6%, depois em 2016 foi de 1,4%. E este ano vamo-nos aproximar dos 2%, penso eu, em função desta evolução trimestral", disse Eduardo Catroga,  presidente do conselho geral e de supervisão do grupo EDP.

O antigo ministro das Finanças de Cavaco Silva considera que o crescimento "está a acontecer num perfil saudável para a economia portuguesa: exportações, investimento e só depois o consumo, isto para permitir o equilíbrio externo". Mas salientou existirem ainda  factores de incerteza: "Os riscos são essencialmente políticos, não nos podemos esquecer que temos uma solução política incoerente.

Independentemente da habilidade do primeiro-ministro para gerir os seus parceiros, os seus parceiros são contra a globalização, são contra a União Europeia, são contra o euro".

Os números do PIB suscitaram reacções antagónicas dos partidos e do Governo. O PSD não questionou a importância dos números, mas chamou a si o mérito. Da parte do Governo, António Costa afirmou que "isto demonstra bem que temos tido uma combinação equilibrada de políticas que nos permitiu ter o menor défice e também o maior crescimento dos últimos anos". O Presidente da República mostrou-se bastante feliz, mas pediu para "não embandeirar em arco".
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