Notícia
Famílias mais caseiras mudam radicalmente hábitos de consumo
Instituto Nacional de Estatística revela esta terça-feira como mudou o cabaz de compras das famílias portuguesas. Gastos com a casa e a alimentação pesam agora mais, consumo em restaurantes perdem importância e em alojamento quase desaparece.
Com a pandemia, as famílias portuguesas foram empurradas para casa. E por isso os seus hábitos de consumo alteraram-se significativamente ao longo do último ano. Esta terça-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) faz contas ao que mudou no cabaz médio de compras e mostra que uma fatia maior do orçamento familiar está a ser canalizada para gastos relacionados com a vida em casa.
O consumo de produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, que já era a classe de bens onde os portugueses aplicavam a maior fatia do seu orçamento, reforça ainda mais o seu peso. Este tipo de bens, que reflete em grande medida as idas ao supermercado, pesa agora 22,4% do cabaz de compras, quando antes da pandemia ficava em 19,9%.
Os peso dos gastos com a habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis teve o mesmo comportamento. Agora 10,3% do cabaz de compras das famílias vai para este tipo de despesas. Também os gastos com acessórios, equipamentos domésticos e manutenção corrente da habitação ganharam relevância no cabaz médio: valem já 7,1% das compras.
Ou seja, uma família portuguesa destina quase 40% do seu cabaz médio de compras a estas três categorias de bens diretamente relacionadas com a vida em casa.
Em contrapartida, os gastos com o que está relacionado com a vida fora de casa perderam peso. A classe dos consumos com restaurantes e hotéis cai a pique: encolhe cerca de um terço do seu peso. Os gastos em alojamento praticamente desaparecem das compras médias das famílias portuguesas, valendo agora 0,2%. Os restaurantes continuam a ter maior peso, mas caem de 7% para 5,4%.
Do mesmo modo, os consumos relacionados com a mobilidade perdem expressão: os transportes passam a pesar 14,4% do cabaz, quando antes da pandemia valiam 16,3%. É o reflexo da menor utilização dos automóveis, mas também da redução das compras de viagens de avião, por exemplo.
Saber como é constituído o cabaz de compras das famílias portuguesas é importante para acompanhar a evolução dos preços ao consumidor. A inflação é calculada tendo por base uma lista bastante completa de bens e serviços que fazem parte das compras habituais das famílias. São os preços destes produtos que vão sendo acompanhados e que podem depois ser comparados com a evolução, por exemplo, dos rendimentos das famílias.
Preços subiram 0,3% em janeiro
Em janeiro, a taxa de inflação homóloga foi de 0,3%, revelou também esta terça-feira o INE. Este valor representa uma subida de 0,5 pontos percentuais face à inflação homóloga que tinha sido registada em dezembro e coincide com o número que tinha sido avançado pelo organismo de estatística na primeira estimativa rápida.
Descontando os preços dos bens alimentares não transformados e dos produtos energéticos, a inflação homóloga foi de 0,6%, mais 0,7 pontos percentuais do que em dezembro.
Em termos mensais, contudo, a inflação continua em terreno negativo. A variação mensal do índice de preços ao consumidor foi -0,3% (tinha sido de -0,1% no mês anterior e de -0,8% em janeiro de 2020). A variação média dos últimos doze meses foi -0,1%.
(Notícia atualizada às 12:24 com mais informação)
O consumo de produtos alimentares e bebidas não alcoólicas, que já era a classe de bens onde os portugueses aplicavam a maior fatia do seu orçamento, reforça ainda mais o seu peso. Este tipo de bens, que reflete em grande medida as idas ao supermercado, pesa agora 22,4% do cabaz de compras, quando antes da pandemia ficava em 19,9%.
Ou seja, uma família portuguesa destina quase 40% do seu cabaz médio de compras a estas três categorias de bens diretamente relacionadas com a vida em casa.
Em contrapartida, os gastos com o que está relacionado com a vida fora de casa perderam peso. A classe dos consumos com restaurantes e hotéis cai a pique: encolhe cerca de um terço do seu peso. Os gastos em alojamento praticamente desaparecem das compras médias das famílias portuguesas, valendo agora 0,2%. Os restaurantes continuam a ter maior peso, mas caem de 7% para 5,4%.
Do mesmo modo, os consumos relacionados com a mobilidade perdem expressão: os transportes passam a pesar 14,4% do cabaz, quando antes da pandemia valiam 16,3%. É o reflexo da menor utilização dos automóveis, mas também da redução das compras de viagens de avião, por exemplo.
Saber como é constituído o cabaz de compras das famílias portuguesas é importante para acompanhar a evolução dos preços ao consumidor. A inflação é calculada tendo por base uma lista bastante completa de bens e serviços que fazem parte das compras habituais das famílias. São os preços destes produtos que vão sendo acompanhados e que podem depois ser comparados com a evolução, por exemplo, dos rendimentos das famílias.
Preços subiram 0,3% em janeiro
Em janeiro, a taxa de inflação homóloga foi de 0,3%, revelou também esta terça-feira o INE. Este valor representa uma subida de 0,5 pontos percentuais face à inflação homóloga que tinha sido registada em dezembro e coincide com o número que tinha sido avançado pelo organismo de estatística na primeira estimativa rápida.
Descontando os preços dos bens alimentares não transformados e dos produtos energéticos, a inflação homóloga foi de 0,6%, mais 0,7 pontos percentuais do que em dezembro.
Em termos mensais, contudo, a inflação continua em terreno negativo. A variação mensal do índice de preços ao consumidor foi -0,3% (tinha sido de -0,1% no mês anterior e de -0,8% em janeiro de 2020). A variação média dos últimos doze meses foi -0,1%.
(Notícia atualizada às 12:24 com mais informação)