O presidente do Banco Central Europeu (BCE), Wim Duisenberg, afirmou hoje que ainda não decidiu sobre a data em que irá abandonar a liderança da autoridade monetária europeia, apesar da especulação sobre uma possível saída já em 2002.

«A decisão sobre quando irei sair (do BCE) pertence-me e devo dizer que ainda não a tomei», disse hoje Wim Duisenberg (na foto), numa conferência sobre a entrada em circulação do euro.

O mesmo responsável reiterou, no entanto, que não deverá permanecer no cargo até ao final do seu mandato, que caduca em 2005, tal como já havia indicado quando assumiu a presidência do BCE, em Maio de 1998.

No passado, Duisenberg, afirmou também que poderia deixar a presidência do BCE após a entrada em circulação do euro, que terá lugar amanhã nos 12 países que integram a União Económica e Monetária (UEM), Portugal incluído.

O comissário europeu para os Assuntos Monetários, Pedro Solbes, afirmou recentemente que Duisenberg deveria permanecer no cargo até ao fim do seu mandato, enquanto o presidente da Comissão Europeia, Romano Prodi, defendeu a existência de um «amplo consenso» sobre a data da saída do mesmo responsável do BCE.

Os analistas apontam o nome do líder do banco central francês, Jean-Claude Trichet como o principal favorito a ocupar o lugar de Wim Duisenberg aquando da sua saída da autoridade monetária europeia.

O Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, também já foi considerado um dos fortes candidatos à sucessão de Duisenberg.