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Défice externo agrava-se mesmo com turismo a crescer

O aumento das receitas do turismo registado em janeiro deste ano não chegou para travar o agravamento do défice externo, que subiu para os 700 milhões. A diminuição dos juros pagos a entidades externas fez diminuir o défice da balança de rendimento.

Vítor Mota
20 de Março de 2019 às 12:32
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Janeiro registou um aumento das receitas do turismo, que contabilizaram 851 milhões de euros, um crescimento de 8% face ao mesmo mês do ano passado. Apesar disso, o país continua a ver aumentar o seu défice externo e em janeiro o saldo conjunto das balanças corrente e de capital foi negativo em 700 milhões de euros, um agravamento face aos 456 milhões de euros também negativos registados em janeiro do ano passado.

 
Em 2018 o saldo da balança corrente e de capital da economia portuguesa atingiu o peso no PIB mais baixo desde 2012, o primeiro ano em que houve excedente. A balança corrente e de capital, que traduz as contas externas da economia, desceu para 0,4% do PIB.

Os números relativos a janeiro foram divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP) e revelam ainda que no primeiro mês do ano, as exportações de bens e serviços cresceram 5%, sendo que nos bens o crescimento foi de 4,7% e nos serviços ascendeu a 5,6%.

 

Ao nível dos serviços, o turismo continua a destacar-se em termos de receita, seguindo-se os transportes que, contudo, registaram em Janeiro uma quebra de 4,4%, para os 554 milhões de euros.

 

Já no que toca às importações, verificou-se um aumento de 11,1%, sendo que foram 10,4% nos bens e 14,5% nos serviços.

 

Olhando para o défice da balança de rendimentos, registou-se uma redução em 163 milhões de euros relativamente ao mês de janeiro do ano passado, situando-se  em 153 milhões de euros. Esta variação, refere o BdP, resultou, essencialmente, da diminuição dos juros pagos a entidades não residentes.

 

Quanto à balança financeira, os números apontam para uma redução em 389 milhões de euros dos ativos líquidos de Portugal face ao exterior. Esta evolução, sublinha o BdP, resultou essencialmente do aumento de passivos, com o investimento de não residentes em títulos de dívida pública portuguesa, e no capital de sociedades não financeiras. Estes movimentos foram parcialmente compensados com a diminuição dos depósitos de não residentes nos bancos residentes e das responsabilidades do Banco de Portugal junto do Eurosistema.

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