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Francisco Calheiros: "Está a ser tão difícil a saída do Reino Unido como o início das obras no aeroporto do Montijo"

O líder da Confederação do Turismo Português assume o Brexit e a demora no início das obras no aeroporto do Montijo como os principais desafios atuais no setor. Se o primeiro representa uma oportunidade, o segundo não passa de um impasse: "Estamos cá para tudo, menos para isto.”

Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo Português (CTP). Miguel Baltazar
26 de Março de 2019 às 11:16
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Francisco Calheiros acredita que o setor do turismo se encontra "num momento desafiante", depois de ter "ultrapassado as 57 milhões de dormidas em 2018", e continua a afirmar-se como "a maior atividade económica exportadora, criadora de milhares de postos de trabalho". No entanto, um crescimento sustentável requer olhar de frente para os dois principais desafios atualmente: o Brexit e o aeroporto do Montijo.

 

"O mercado britânico já deu sinais de abrandamento com uma queda de 7,5% de dormidas em 2018", lembrou o presidente da Confederação de Turismo Português (CTP).

 

Para Francisco Calheiros, que falava na sessão de abertura do 14.º Fórum Internacional de Turismo, que decorre esta terça-feira, 26 de março, numa unidade hoteleira de Gaia, "já não basta ter as melhores infraestruturas". "É preciso olhar para isto de forma atenta, responsável e, sobretudo, inovadora, diversificar produtos, novas ligações, uma promoção ambiciosa e inteligente", afirmou.

 

Relativamente à demora no arranque do novo aeroporto de Lisboa, o mesmo responsável lançou a provocação: "Está a ser tão difícil a saída do Reino Unido como o início das obras no aeroporto do Montijo.". "São milhões de euros de receitas que não se obtêm. Será justo? Não é justo e não é admissível. Não contem connosco para este impasse. Estamos cá para tudo, menos para isto", rematou Calheiros.

 

A sessão de abertura do Fórum contou, ainda, com intervenções de Manuel Silva Carvalho, membro da administração do grupo Solverde, e José Guilherme Aguiar, vereador da Câmara Municipal de Gaia, que mostraram sintonia quanto à responsabilidade nos bons resultados do turismo nacional: a grande fatia vai para a iniciativa privada.

 

"Já não estamos onde estávamos há dez anos graças aos operadores privados, os quais, contra tudo e todos se têm empenhado no desenvolvimento do setor", considerou Manuel Silva Carvalho, sublinhando esta área de atividade como aquela "que mais fez aumentar o emprego em Portugal, e assumindo que "somos nós que iremos decidir e construir o futuro do turismo".

 

Já José Guilherme Aguiar disse acreditar que "os municípios estão profundamente empenhados em ser parceiros", deixando à iniciativa privada o papel de "motor desta área de negócio". Para o vereador gaiense, cabe às autarquias "ajudar, facilitando e não criando obstáculos".

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