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Francisco Calheiros: “ Não há alternativa ao Montijo”
Não é tempo de avaliar a construção de novos aeroportos, defende o presidente da CTP. Para Calheiros, só depois de concluídas as obras na Portela e no Montijo é que Alcochete pode ser olhada como uma opção.
O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Francisco Calheiros, defende que a decisão de alargar o aeroporto de Lisboa para o Montijo não pode ser interrompida.
"Como extensão à Portela, não há alternativa ao Montijo. Não podemos estar a pôr em causa as decisões que já tomámos. Esta decisão não pode ser interrompida", afirmou em entrevista ao Negócios e Antena 1.
O patrão do turismo lembra que a opção Montijo implica três anos de obras. "Se formos fazer um novo aeroporto, eram dez anos", comparou. Questionado sobre a construção de um novo aeroporto em Alcochete, como propõe o PSD, Francisco Calheiros reforça que esta não é a altura para avaliar.
"Depois de o Montijo estar a funcionar e termos a capacidade da Portela estendida, aí estaremos completamente disponíveis para estudar um novo aeroporto. Não podemos ter nuvens a ensombrar uma decisão que se tomou", acrescentou.
O presidente da CTP lembra que as obras levadas a cabo na Portela, para a expansão do aeroporto, já estão a dar frutos. Contudo, existem ainda limitações: "Continuamos em perda e a ter dificuldade, para não dizer impossibilidade, de acomodar todos os "slots" [vagas] que as companhias nos pedem. Perdemos voos e perdemos turistas".
Ao Negócios e à Antena 1, Francisco Calheiros insiste que as mudanças no Aeroporto Humberto Delgado acabarão por beneficiar várias regiões no país. "O aeroporto de Lisboa é o que mais contribui para o crescimento que tem havido na região Centro e no Alentejo e que funciona como "hub" [plataforma] para Madeira e Açores", rematou.