Notícia
Estados Unidos e China resgatam turismo português do Brexit
Face às indefinições do Brexit, os operadores portugueses do setor acreditam numa continuada diminuição do turismo britânico em Portugal e redirecionam a atenção para os mercados norte-americano e chinês.
Ainda que janeiro apresente um crescimento no número de visitantes britânicos e das receitas que daí advêm, os números negativos desde o referendo do Brexit, em 2016, mantêm os operadores turísticos portugueses de pé atrás.
Segundo dados do Barómetro de Turismo do Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT), a que o Negócios teve acesso, 66,7% dos inquiridos acreditam que, este ano, a evolução do turismo nacional no Reino Unido será pior do que no ano anterior.
A franja dos operadores que acreditam que essa evolução será melhor que em 2018 fica-se pelos 7,9%, enquanto 25,4% acreditam que será igual.
O sentimento de desconfiança face ao mercado britânico contrasta com a perspetiva de crescimento dos mercados dos Estados Unidos e da China. O mercado americano é o alvo das maiores esperanças dos operadores nacionais, com 74,6% dos inquiridos a ver a evolução do turismo nacional a melhorar em comparação com o desempenho de 2018.
A leste, a China deverá contribuir também de forma positiva para o turismo português, com 66,7% dos operadores turísticos que participaram no inquérito do IPDT a olhar de forma positiva para a evolução deste mercado. Em ambos os países, apenas 1,6% dos inquiridos vê a evolução como pior do que em 2018.
O Barómetro de Turismo será revelado esta terça-feira, 26 de março, no XIV Fórum Internacional de Turismo, promovido pelo IPDT, que decorre numa unidade hoteleira em Vila Nova de Gaia, e surgem após o anúncio da campanha "Brelcome" do Governo para atrair turistas britânicos, orçada em 200 mil euros.