Notícia
Portugueses nunca gastaram tanto no estrangeiro como em 2018
Em 2018, os portugueses gastaram mais de três mil milhões de euros fora de Portugal pela primeira vez. As despesas lá fora passaram a ter mais peso no total dos gastos das famílias.
Se é verdade que os turistas nunca gastaram tanto em Portugal, também é verdade que os portugueses nunca gastaram tanto no estrangeiro. É isso que mostram os dados de 2018 divulgados esta quinta-feira, 28 de fevereiro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os portugueses gastaram 3.157 milhões de euros no estrangeiro em 2018, mais 7,3% do que em 2017. Foi a primeira vez que os residentes em Portugal registaram uma despesa superior a três mil milhões de euros fora do território nacional.
Estes dados são em volume, ou seja, descontam o impacto da variação dos preços. Tal permite perceber que os portugueses estão a deixar mais dinheiro lá fora não pelo aumento dos preços, mas por estarem a adquirir mais bens ou serviços fora de Portugal.
Já havia indícios de que este recorde seria alcançado. Em outubro do ano passado, o Banco de Portugal revelou que as compras realizadas no estrangeiro com cartões bancários portugueses atingiram máximos históricos no verão de 2018.
O histórico mostra que as despesas dos residentes fora do território económico (nome técnico deste indicador) estão a subir gradualmente desde 2011, depois de se ter registado uma queda entre 2010 e 2011 (ver gráfico).
Estas despesas passaram assim a pesar mais no total da despesa das famílias, ainda que tenham pouca expressão. Em 2011, as despesas fora de Portugal representavam 1,9% do total da despesa. Em 2018, o peso foi de 2,7%, ou seja, por cada 100 euros gastos pelos portugueses, 2,7 euros foi no estrangeiro.
Apesar desta evolução, os gastos dos portugueses lá fora continuam a ser muito inferiores à despesa dos não residentes (incluindo turistas) em território nacional. No ano passado, os turistas gastaram 13.392 milhões de euros em Portugal, o que é mais de quatro vezes superior aos gastos dos residentes no estrangeiro.
Nos últimos anos, o consumo dos não residentes tem crescido a um ritmo superior ao dos residentes. Durante sete trimestres consecutivos cresceu acima de dois digítos, tendo depois desacelerado no terceiro e no quarto trimestre de 2018 (aumentos de 4% e 3,3%, respetivamente).
Note-se que o consumo dos não residentes, designadamente os turistas, não entra na rubrica de consumo privado, mas sim nas exportações.
Os portugueses gastaram 3.157 milhões de euros no estrangeiro em 2018, mais 7,3% do que em 2017. Foi a primeira vez que os residentes em Portugal registaram uma despesa superior a três mil milhões de euros fora do território nacional.
Já havia indícios de que este recorde seria alcançado. Em outubro do ano passado, o Banco de Portugal revelou que as compras realizadas no estrangeiro com cartões bancários portugueses atingiram máximos históricos no verão de 2018.
O histórico mostra que as despesas dos residentes fora do território económico (nome técnico deste indicador) estão a subir gradualmente desde 2011, depois de se ter registado uma queda entre 2010 e 2011 (ver gráfico).
Estas despesas passaram assim a pesar mais no total da despesa das famílias, ainda que tenham pouca expressão. Em 2011, as despesas fora de Portugal representavam 1,9% do total da despesa. Em 2018, o peso foi de 2,7%, ou seja, por cada 100 euros gastos pelos portugueses, 2,7 euros foi no estrangeiro.
Apesar desta evolução, os gastos dos portugueses lá fora continuam a ser muito inferiores à despesa dos não residentes (incluindo turistas) em território nacional. No ano passado, os turistas gastaram 13.392 milhões de euros em Portugal, o que é mais de quatro vezes superior aos gastos dos residentes no estrangeiro.
Nos últimos anos, o consumo dos não residentes tem crescido a um ritmo superior ao dos residentes. Durante sete trimestres consecutivos cresceu acima de dois digítos, tendo depois desacelerado no terceiro e no quarto trimestre de 2018 (aumentos de 4% e 3,3%, respetivamente).
Note-se que o consumo dos não residentes, designadamente os turistas, não entra na rubrica de consumo privado, mas sim nas exportações.