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Daniel Campelo diz que agricultura é "sector estratégico" para ajudar Portugal a sair da crise

O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural defendeu hoje a necessidade do regresso à terra.

01 de Julho de 2011 às 14:27
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O secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Daniel Campelo, defendeu hoje a necessidade do regresso à terra, considerando que a agricultura é "um sector estratégico" para ajudar o país o sair da crise.

"A agricultura sempre foi uma reserva, em situação de crise, para qualquer país, muito mais para Portugal, que tem recursos limitados", afirmou o governante.

Para Daniel Campelo, "é preciso convocar as energias disponíveis para fazer da agricultura e da produção nacional uma bandeira a curto e médio prazo".

"Muita gente caiu em desânimo, deixou as terras abandonadas, arrancou a vinha, mas esse é o caminho errado. O caminho é de ânimo, de encontrar plataformas que permitam um salto das exportações e melhor rendimento para os agricultores", referiu.

Campelo falava em Monção, na abertura da Feira do Alvarinho, naquele que foi o seu primeiro ato público oficial enquanto membro do Governo.

"A ordem é produzir com qualidade, consumir o que é português e exportar. Temos produtos de qualidade, falta escala de organização para colocar o produto no mercado", disse ainda.

Referiu-se, concretamente, ao vinho Alvarinho, cuja exportação não chega aos 15 por cento, apesar de ser "único" no mundo.

"Vencer a crise passa pela exportação, e esta é uma região com muita capacidade de crescimento na área de exportação de vinhos", disse o secretário de Estado.

Na Feira do Alvarinho, marcam presença 18 produtores, muito deles pequenos produtores, que, como sublinhou o presidente da Câmara de Monção, José Emílio Moreira, retiram do vinho uma "grande fatia" do seu rendimento familiar.

"Não é por acaso que aqui nesta zona a crise ainda praticamente não se sentiu, porque há sempre o rendimento da vitivinicultura, que é substancial", referiu.

A uva Alvarinho é, em Portugal, a mais bem paga ao produtor, ascendendo a 1,2 euros por quilo.

Em 2010, foram colocadas no mercado um milhão e meio de garrafas, num volume de facturação que ronda os três milhões de euros.

David Alves, produtor de Alvarinho desde 1999 com uma pequena empresa familiar, confirma que não tem sentido a crise, uma vez que o vinho "tem saído muito bem" e a produção tem vindo a aumentar progressivamente.

"Este ano vamos produzir 70 mil garrafas", afirmou.

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