Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Costa: "Regime de duodécimos termina após actualização das pensões"

O primeiro-ministro esteve esta quarta-feira numa sessão de esclarecimento do Orçamento do Estado para 2016, onde justificou algumas das escolhas do documento, sem no entanto se aventurar a dar novos conselhos aos portugueses.

Pedro Elias
11 de Fevereiro de 2016 às 01:32
  • ...

Ao contrário do passado sábado, para a sessão de esclarecimento do Orçamento do Estado 2016 que decorreu na noite desta quarta-feira, 10 de Fevereiro, o líder do Governo António Costa confessou ao Negócios - no final do encontro - que "desta vez não trouxe conselhos" sobre como lidar com o aumento de impostos especiais que está previsto, mas clarificou alguns pontos do documento entregue por Mário Centeno ao Parlamento na passada sexta-feira, dia 5.

Um dos esclarecimentos recaiu sobre a questão da rejeição dos duodécimos, regime de pagamento de metade do subsídio de férias e metade do subsídio de Natal em parcelas mensais. Tal como o Negócios já tinha esclarecido, a proposta preliminar do OE não fechava a porta a esta possibilidade. António Costa explicou que a proposta não avança para já, uma vez que defende como prioridade a "revisão e actualização das pensões". Depois disso, o Governo pode "apagar os duodécimos", mas só "quando o nível das pensões compensar", uma vez que se fosse feita agora "muitas pessoas tinham uma baixa do rendimento", explicou.

O secretário-geral do PS sublinhou que este foi um OE de "escolhas". "Para formarmos este Governo tivemos de negociar e celebrar um acordo com o Bloco de Esquerda, com o PCP e o PEV. A nossa proposta cumpre não só o compromisso com os eleitores, mas com os parceiros parlamentares, com o BE, PCP e PEV", destacou António Costa.

Costa diz que que este ainda não é um Orçamento do Estado onde se podem aumentar as transferências para os municípios e freguesias, mas que em contrapartida é dada "autonomia para poderem gerir" os fundos. "Não podendo gastar mais, podem gastar melhor e não estão sempre dependentes do governo central", considerou.

"Este Governo pôs fim ao discurso de que temos administração pública a mais", afirmou Costa. O líder do Governo disse que, ao contrário do que desejava e Bruxelas chumbou, não poderia contratar um número de funcionários idêntico ao que se reforma anualmente, lembrando que o Executivo irá contratar mais 10 mil funcionários públicos.

O primeiro-ministro aproveitou para sublinhar as medidas na área da saúde com a redução das taxas moderadoras, que irão retirar 35 milhões de euro ao Estado, e voltou a defender o reforço dos médicos de família, "uma forma inteligente de evitar recorrer às urgências hospitalares por falta de cuidados primários".


 

Ver comentários
Saber mais Orçamento do Estado Mário Centeno António Costa Governo PS política orçamento do estado e impostos economia negócios e finanças
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio