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Chanceler austríaco quer criar imposto sobre as grandes fortunas

O chanceler social-democrata austríaco, Werner Faymann, revelou ser partidário da criação de um imposto sobre os ricos que tenham um rendimento anual acima de um milhão de euros, de forma a minorar as consequências da crise financeira.

28 de Agosto de 2011 às 12:31
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Numa entrevista concedida ao diário Österreich, hoje publicada, o chanceler defendeu que seja feita uma reforma fiscal no país a favor das classes médias: "Aqueles que ganham entre dois mil e quatro mil euros [mensais] devem ver os seus impostos líquidos diminuir".

Mas a matéria não é consensual dentro do governo de coligação alargada entre partidos de esquerda e o de direita que governa a Áustria, já que o vice-presidente, ministro dos Negócios Estrangeiros e presidente do Partido Popular (democrata-cristão), Michael Spindelegger, considerou "impensável" criar um imposto sobre os ricos.

Na Áustria não existe qualquer imposto sobre as fortunas, mas o partido social-democrata (SPÖ) tem vindo a defender nos últimos tempos que seja realizado um imposto sobre a fortuna.

Em Portugal, o tema também está na ordem do dia e a possibilidade de ser criado um imposto especial sobre os mais ricos deverá ser levantada durante a discussão do documento de estratégia orçamental, que acontecerá nos próximos dias, disse na quinta-feira à agência Lusa fonte oficial do gabinete do primeiro-ministro.

Assegurando que o Governo "não descarta qualquer possibilidade", a mesma fonte adiantou que "é provável que o assunto seja levantado durante a discussão do documento de enquadramento orçamental".

A criação deste imposto especial foi inicialmente sugerida pelo investidor norte-americano Warren Buffet que, num artigo de opinião publicado no dia 15 no jornal New York Times, propôs que o Fisco parasse de "mimar os milionários".

A ideia não fez só furor nos Estados Unidos. Na terça-feira, 16 dos homens mais ricos de França pediram ao Governo para aplicar uma taxa especial sobre os seus rendimentos para ajudar a combater os problemas financeiros do país.

Medida que o Executivo local aceitou, tendo já anunciado que o imposto extraordinário será de dois por cento sobre o rendimento anual e que espera arrecadar 300 milhões de euros.

A ideia alargou-se, entretanto, a outros países da Europa, como é o caso de Espanha.

Uma discussão de âmbito europeu que vai ganhando cada vez mais adeptos e que, como admitiu a fonte do gabinete do primeiro-ministro, está a ser seguida "com atenção pelo Governo”, podendo ser adoptada também em Portugal.

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