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Cameron defende que acolher mais refugiados não é resposta para a crise

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, defendeu esta quarta-feira que aumentar o número de refugiados que acolhe no Reino Unido não é "a resposta" adequada para a crise migratória que a Europa atravessa.

David Cameron, primeiro-ministro britânico
Reuters
02 de Setembro de 2015 às 20:13
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"Não penso que se possa dar uma resposta simplesmente acolhendo mais e mais refugiados", disse o chefe do Governo britânico durante uma visita a Northamptonshire, no centro de Inglaterra, ao ser inquirido sobre os pedidos para que o Reino Unido dê asilo a um maior número de refugiados.

 

Cameron sublinhou que a crise se deve solucionar com medidas que conduzam "à paz e à estabilidade" no Médio Oriente. "Acolhemos muitas pessoas que vinham de campos de refugiados da Síria e que pediam asilo de forma genuína e mantemos essa postura, mas creio que o mais importante é tentar levar paz e estabilidade a essa parte do mundo", sustentou.

 

"Estamos a ajudar os países de onde chegam essas pessoas, estabilizando-os e tentando assegurar-nos de que podem encontrar boas oportunidades laborais e economias fortes neles", explicou o primeiro-ministro britânico.

 

Devido aos milhares de pedidos de asilo que estão a chegar à Europa, o Governo alemão anunciou na terça-feira que no próximo ano terá de duplicar as verbas para ajudar os refugiados.

 

Berlim prevê que este ano cheguem à Alemanha cerca de 800.000 requerentes de asilo, um número recorde que quadruplica o do ano passado.

 

Nos sete meses anteriores a Julho, triplicou a entrada de imigrantes na União Europeia, quando comparada com o mesmo período do ano anterior, segundo os dados da Agência Europeia de Fronteiras (Frontex).

 

Em Julho, registaram-se 107.500 chegadas às fronteiras da União Europeia, o triplo que no mesmo período de 2014 e, pela primeira vez, um número superior às 100.000 pessoas num só mês desde que a Frontex iniciou os seus registos, em 2008.

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