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BE diz que Relvas está numa situação "insustentável" e não disse a verdade quando foi ouvido no Parlamento

O Bloco de Esquerda considera que Miguel Relvas está numa situação "insustentável" depois da demissão do seu adjunto, sublinhando que o ministro não disse a verdade quando foi ouvido no Parlamento sobre as secretas.

25 de Maio de 2012 às 13:49
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"A situação do senhor ministro é verdadeiramente insustentável, todo este processo é um desrespeito pelo Parlamento, pelos cidadãos e pela democracia. É preciso que estas suas explicações sejam cabais e definitivas", disse a deputada Cecília Honório, em declarações aos jornalistas na Assembleia da República.

A deputada disse que o BE vai requerer de novo a audição do ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares por causa deste caso, considerando que a demissão de Adelino Cunha revela que Miguel Relvas não disse a verdade quando foi ouvido pela primeira vez.

Cecília Honório sublinhou que ela própria perguntou ao ministro, nessa audição na comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Liberdades e Garantias, "se ele, se alguém próximo de si ou se alguém do seu gabinete tinha algum contacto com o dr. Jorge Silva Carvalho", o ex-diretor dos Serviços de Informações Estratégicas de Defesa (SIED), ou "alguma relação com o processo de reforma das secretas em curso".

"Aquilo que quero recordar é que o senhor ministro foi categórico: não, nem ele, nem ninguém próximo de si, nem ninguém do seu gabinete mantinha contacto ou tinha alguma relação com esta matéria", sublinhou a deputada.

Cecília Honório considerou que Miguel Relvas deu "uma resposta que não era verdadeira, era uma resposta falsa".

A deputada disse que o BE quer ouvir agora "estas explicações" do ministro e que depois "tirará as devidas consequências políticas".

O ex-jornalista Adelino Cunha anunciou hoje a sua demissão do cargo de adjunto político do ministro-Adjunto e dos Assuntos Parlamentares.

Numa nota enviada à Lusa, Adelino Cunha afirma ter mantido, por sua iniciativa, contactos com o ex-diretor SIED durante o período em que exerceu funções no gabinete do ministro Miguel Relvas.

Esta demissão foi anunciada no mesmo dia em que a revista Sábado noticiou, na sua edição "online", que o Ministério Público encontrou mensagens trocadas com Adelino Cunha nos telemóveis de Jorge Silva Carvalho em Setembro de 2011.

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