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Banco de Portugal mais pessimista que Governo

As previsões construídas pelo Banco de Portugal para o crescimento económico deste e do próximo ano são mais pessimistas que as recentemente divulgadas pelo Ministério das Finanças.

14 de Janeiro de 2003 às 15:31
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As previsões construídas pelo Banco de Portugal para o crescimento económico deste e do próximo ano são mais pessimistas que as recentemente divulgadas pelo Ministério das Finanças.

As últimas projecções do Governo apontam para um crescimento do PIB de 1,25% em 2003, mais cinco décimas que a previsão hoje divulgada pelo banco central. Também para 2004, o banco central é mais conservador, avançando com um crescimento estimado em 1,8%, contra os 2,7% divulgados o mês passado pela ministra Manuela Ferreira Leite.

Aliás, este cenário agora apresentado pelo Governador Vítor Constâncio é o pior de todos os que as diversas organizações internacionais têm para Portugal. Em Setembro, o Fundo Monetário Internacional projectava uma subida do PIB português de 1,5% este ano.

Em Novembro, a Comissão Europeia previa um crescimento de 1,2% em 2003 e de 2,5% no próximo ano. Enquanto a OCDE faz uma previsão idêntica à do FMI em 2003 e projecta um crescimento de 2,3% para 2004.

Só o gabinete de prospecção económica da revista «The Economist» apresentou, na semana passada, um cenário macroeconómico para o nosso país idêntico ao do Banco de Portugal: 0,7% em 2003 e, mais optimista, de 2,5% para 2004.

Em matéria de inflação, o banco central continua a revelar maior grau de conservadorismo: 2,9% para 2003 e 2,1% para 2004, que compara, respectivamente, com os 2,5% e os 2,2% do Governo. As organizações internacionais prevêem um comportamento da inflação entre os 2,8% e os 3%.

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