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Alemanha precisará de 500.000 emigrantes por ano para manter economia

Para combater o envelhecimento da população, a Alemanha precisará, nas palavras de Klaus Zimmerman, presidente do Instituto Alemão de Estudos Económicos, de 500.000 emigrantes por ano para manter a sua força de trabalho.

08 de Setembro de 2010 às 09:52
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Em declarações ao “Hamburger Abendblatt”, periódico germânico da cidade de Hamburgo, citado pelo “Cinco Días”, o presidente do Instituto Alemão de Estudos Económicos (Deutschen Instituts für Wirtschaftsforschung) Klaus Zimmermann, revela hoje que a perda de 250.000 trabalhadores por ano a partir de 2015 será uma realidade expectável e que esta perda se reflectirá numa “queda do Produto Interno Bruto” alemão.

Regiões como Meclemburgo-Pomerânia Ocidental, caracterizada pela sua baixa densidade populacional, poderão inclusive sofrer, segundo Zimmermann, “reduções no bem-estar das populações”.

Zimmermann advoga o “aumento da idade laboral até aos 70 anos”, mesmo assim achando “insuficiente” esta medida.

“Precisamos urgentemente de mão-de-obra do estrangeiro para assegurar a nossa economia”, diz o especialista do DIW.

Imigração turca em força

O presidente do DIW é da opinião que a Alemanha “deverá marcar uma posição, de forma ofensiva, em como deseja receber força de trabalho qualificada”, propondo “um sistema de pontos para a imigração permanente, como a que praticam o Canadá ou a Austrália, países que têm a formação como determinante”.

A imigração turca, com uma comunidade de cerca de 3 milhões na Alemanha, é caracterizada por Zimmermann como “uma imigração proveniente do campo, ao passo que os turcos com melhor formação provenientes de Istambul emigraram principalmente para os Estados Unidos”.

Acrescenta que “a integração dos imigrantes não se conseguiu. A segunda e terceira geração de imigrantes emprega-se nos mesmos sectores que os seus pais, sectores esses que já não têm a mesma procura de antigamente”.

Apesar disso, Zimmermann comenta que “a situação não melhorará enquanto a Alemanha não abrir as suas portas à Turquia e permitir a sua entrada na União Europeia.”

“É verdade que devemos incentivar os imigrantes a uma melhor formação e integração, mas também devemos oferecer algo mais para que essa mesma integração seja um êxito”, acrescenta.

Uma recessão “double-dip” fora do baralho

Zimmermann prevê, em declarações ao “Abendblatt”, que a crise económica ainda não está totalmente ultrapassada, esperando que dure “mais alguns anos”. “A economia alemã voltará em 2011 a ser tão forte como antes da crise. Os maiores riscos são provenientes da China, que é neste momento o motor da economia mundial, mas que não o continuará a ser durante mais tempo” devido a um possível colapso do mercado imobiliário chinês.

Zimmermann ainda é da opinião de que “há um grande medo de uma eventual recessão nos Estados Unidos” apesar do “maior risco vir do mercado financeiro, cuja regulação ainda é muito fraca”.

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