O fundador do CDS, cujo nome era um dos que encabeçava o cartaz de figuras previstas na Aula Magna em defesa da Constituição, afirma esta segunda-feira, em declarações ao jornal “i” que afinal decidiu não comparecer porque o encontro “não era equilibrado” entre esquerda e direita e “não correspondia ao convite” que lhe havia sido feito.

O professor de Direito afirma que o convite que lhe foi feito – pessoalmente – era para um “encontro nacional e patriótico”, onde estariam presentes e falariam personalidades da esquerda e da direita. Depois, quando recebeu o convite oficial, diz, “estranhei que na comissão organizadora só houvesse nomes de esquerda, bem como o facto de em nove oradores, oito serem de esquerda e um do PSD, o dr. Pacheco Pereira, que é um dos vários homens de esquerda que estão no PSD”.

Freitas do Amaral, explica, decidiu então não comparecer, “porque o formato do encontro não era equilibrado”. Perante isto, se “houve um ziguezague” da sua parte “ou se ele foi da responsabilidade da organização, é uma questão de opinião, que cada um avaliará como entender”, conclui o ex-ministro de José Sócrates, na sua resposta por escrito ao “i”.