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Portugueses comem mais carne e bebem mais vinho

Face a 2014, os portugueses consumiram no ano passado mais 2,8% de carne e beberam quase mais 16% de vinho. Já o consumo de leite caiu 10%.

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Os portugueses consumiram no ano passado mais carne, mais batata e arroz, menos cereais e fruta, e beberam mais vinho e menos leite. De acordo com dados divulgados nesta segunda-feira, 5 de Setembro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), cada residente no território nacional consumiu, em média, 111 quilogramas (kg) de carne (mais 2,8% do que em 2014), 16 kg de arroz (mais 0,6% do que em 2014) e 91,2 kg de batata (mais 1%). Já a fruta e os cereais, continuando entre as classes de produtos agrícolas mais consumidas, sofreram quedas, ainda que inferiores a 1% (ver tabela).

Entre os produtos que vão à mesa dos portugueses o maior aumento verificou-se no consumo de vinho. Em média, cada português bebeu 47,6 litros, mais 6,5 litros do que em 2014, o que representa uma subida de 15,8% face ao ano anterior. Neste período, a produção nacional aumentou 13,9% e as importações subiram 12,9%, acrescenta o INE.

Já o consumo de leite baixou 10%, tendo cada português bebido 71 litros (menos 8 litros do que em 2014), ao passo que o de produtos lácteos se manteve quase inalterado em 45 kg.

Carne: mais produção e muita promoção

O aumento do consumo de carne foi acompanhado de um aumento da produção nacional que, ainda assim, só satisfez cerca de três quartos das necessidades internas. Após três anos consecutivos de descidas, a produção de carne de bovino subiu 11% em 2015. Também a de carne de suíno aumentou, 4,9%, o mesmo tendo sucedido à de animais de capoeira (crescimento global de 4,3%).

"O acréscimo do efectivo nacional verificado no final de 2014 deveu-se ao facto das explorações que se mantiveram em actividade terem aumentado a sua capacidade produtiva para compensar os investimentos de adaptação às normas de bem-estar animal, em vigor desde 2013", justifica o INE.

Em relação à carne de porco, o instituto salienta o impacto das "contínuas promoções nos hipermercados a preços muito baixos" que  contribuíram para um aumento do consumo "num mercado que registou alguma recuperação do poder de compra das famílias". No reverso da medalha, "os baixos preços de venda ao consumidor final condicionaram o preço dos porcos à produção, que estiveram ainda mais baixos que em 2014 (-13,3%)", acrescenta o INE.



 

Num ano agrícola 2014/2015 em que subiu a produção de vinho, foram batidos recordes no azeite e prosseguiu a caminhada de sucesso do tomate para a indústria, a balança comercial melhorou 27 milhões de euros relativamente ao período homólogo – em resultado do aumento superior das exportações face às importações –, mas continua a ser fortemente deficitária, a rondar os 3,2 mil milhões de euros, sendo insuficiente o grau de auto-aprovisionamento nos principais produtos que vão à mesa dos portugueses.

 

Espanha é o maior fornecedor de produtos agrícolas e agro-alimentares consumidos pelos portugueses, com uma quota de 48,1%, seguindo-se a França (9,3%), os Países Baixos (5,1%) e a Alemanha (5%). É também do outro lado da fronteira que está o principal cliente, com um peso de 36,6% na totalidade das compras de produtos agrícolas. Angola ainda se mantém como o segundo maior comprador, agora com quota de 9,4%, escapando por pouco à ultrapassagem da França (9,2%) depois de ter afundado 16,2% ao comprar menos 69 milhões de euros de produtos agrícolas e agro-alimentares do que em 2014.














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