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PIB francês contrai pela primeira vez desde que Macron é presidente

No quarto trimestre de 2019, a economia francesa contraiu pela primeira vez desde que Emmanuel Macron é presidente (maio de 2017).

31 de Janeiro de 2020 às 07:59
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É pequena, mas não deixa de ser uma contração. A economia francesa encolheu entre o terceiro trimestre e o quarto trimestre do ano passado, ao contrário do esperado, anunciou esta sexta-feira, 31 de janeiro, o gabinete de estatísticas francês.

O PIB da segunda maior economia da Zona Euro baixou 0,1% em cadeia (face ao trimestre anterior) devido a uma queda das exportações e à redução dos inventários. De acordo com a Bloomberg Economics, sem o impacto da diminuição dos stocks, a economia francesa teria crescido 0,3%.

O consumo privado e público continuaram a dar um contributo positivo ao PIB francês assim como o investimento. Já a balança comercial teve um impacto nulo na economia dado que as importações caíram na mesma dimensão das exportações.

Ainda assim, é de assinalar que a economia francesa cresceu 1,2% no conjunto de 2019, em termos homólogos, desacelerando face aos 1,7% registados em 2018. 

A última vez que o PIB tinha encolhido em cadeia foi no segundo trimestre de 2016, antes de Emmanuel Macron ganhar as eleições para a presidência francesa.

Este é um mau número para o República Em Marcha que já tem de lidar com protestos e greves por causa das reformas nas pensões. Além disso, o argumento do Governo francês tem sido que a maior resiliência da economia francesa face à média da Zona Euro é um sinal de que as reformas nos impostos e nas leis do trabalho estão a funcionar.

O ministro das Finanças, Bruno Le Maire, justificou a contração do PIB com disrupções nos portos, na ferrovia e nos depósitos de combustíveis, apontando para a resiliência do consumo e do investimento. "Esta desaceleração temporária não põe em causa os fundamentais do crescimento francês, os quais são sólidos", disse Le Maire num comunicado citado pela Bloomberg, referindo que se mantém "vigilante quanto às incertezas internacionais".
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