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Greve já custou 400 milhões à empresa ferroviária francesa
Os 20 dias de greve em protesto contra a reforma das pensões já custou à SNCF, empresa ferroviária francesa, 400 milhões de euros. A paralisação ainda não tem fim anunciado.
A greve contra a reforma das pensões proposta pelo presidente francês, Emmanuel Macron, já deixou um rombo de 400 milhões de euros nas contas da SNCF, empresa ferroviária gaulesa, indica o presidente da empresa, Jean-Paul Farandou.
Em entrevista publicada esta terça-feira no Le Monde, Farandou estima que cada dia de paralisação custa à empresa 20 milhões de euros em perda de receitas e advertiu que a greve ainda se pode prolongar, com um impacto ainda maior nas contas da empresa ferroviária.
Sem avançar um número concreto sobre o efeito nas contas deste exercício da SNCF, o responsável indicou que estas serão "fortemente impactadas".
Os comboios, incluindo o transporte metropolitano de Paris, são dos setores com maior adesão à greve iniciada a 5 de dezembro.
Na segunda-feira, o primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, apresentou um calendário de negociações sobre a reforma do sistema de pensões com reuniões com sindicatos e patronato a partir de 7 de janeiro.
No entanto, Philippe Martínez, líder da Confederacão Geral do Trabalho (CGT), a principal central sindical que convocou a greve, referiu à rádio France Info esta terça-feira não ter ficado agradado com a forma utilizada pelo primeiro-ministro para o anúncio – um comunicado em vez de um convite – e disse desconhecer o que será discutido.
O líder sindical afirmou que não garante que a CGT compareça na mesa de negociações e reiterou a exigência de que se abandone uma reforma que, defende, foi desenhada com um objetivo "orçamental", quando o que faz falta é "mais dinheiro para a proteção social".