Notícia
Abertura dos mercados: OMS "cura" medo dos investidores e dá ganhos à Europa e ao petróleo
A OMS decretou o estado de emergência de saúde pública internacional relativo ao coronavírus. A decisão está a acalmar os receios dos investidores, levando a ganhos nas bolsas europeias e no petróleo.
Os mercados em números
PSI-20 avança 0,12% para os 5.252,52 pontos
Stoxx 600 sobe 0,25% para os 416,2 pontos
Nikkei subiu 0,99% para os 23.205,18 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos alivia 0,2 pontos base para os 0,275%
Euro desvaloriza 0,04% para os 1,1028 dólares
Petróleo em Londres sobe 0,86% para 58,79 dólares por barril
OMS "cura" medo dos investidores e dá ganhos à Europa
Após mais uma queda provocada pelos receios com o coronavírus, as bolsas europeias voltam a recuperar no início da sessão desta sexta-feira, 31 de janeiro. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a valorizar 0,25% para os 416,2 pontos, com a maioria dos setores em alta.
A justificar esta recuperação está a decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS) de decretar emergência de saúde pública internacional, o que para os investidores está a ser interpretado como um sinal de que haverá mais esforços internacionais para conter o surto, segundo a Bloomberg.
Mas este não é o único fator que influencia as bolsas. A divulgação dos resultados das cotadas e os dados económicos sobre a Zona Euro também influenciam os investidores.
Às 10h, o Eurostat irá divulgar o PIB da Zona Euro para o quarto trimestre, mas já se sabe que França contraiu nesse período, surpreendendo pela negativa, assim como Itália. Por outro lado, o PIB espanhol cresceu acima do esperado.
Em termos de cotadas, há vários bancos espanhóis a divulgar resultados. É o caso do BBVA, por exemplo, que viu os seus lucros baixarem 35% em 2019. Nos EUA, ontem, os resultados da Amazon ficaram acima do esperado.
Apesar da subida que se regista na sessão de hoje, as bolsas europeias deverão com um saldo semanal negativo, assim como o PSI-20, numa semana que está a ser a pior para as bolsas mundiais desde agosto. Neste momento, a bolsa nacional está a subir 0,12% para os 5.252,52 pontos.
Obrigações em modo de espera
Com as ações, ativo de maior risco, a sofrerem esta semana, as obrigações - ativo de menor risco - beneficiaram, subindo significativamente e puxando os juros para mínimos de alguns meses. Contudo, hoje não se verificam grandes movimentações no mercado secundário de obrigações na Europa.
Os juros portugueses a dez anos estão a aliviar 0,2 pontos base para os 0,275% - um mínimo de novembro - enquanto os juros alemães no mesmo prazo estão a aliviar 0,2 pontos base para os -0,405%, patamar que não alcançava desde o final de outubro.
Libra sobe em dia de Brexit
A divisa britânica está a valorizar pela segunda sessão consecutiva no dia em que se concretiza a saída do Reino Unido da União Europeia às 23h de Londres (a mesma hora em Portugal). A libra esteve a desvalorizar nas cinco sessões anteriores por causa da expectativa dos investidores em relação à reunião de política monetária do Banco de Inglaterra.
Apesar da especulação sobre uma possível descida dos juros, o banco central decidiu manter as taxas diretoras, dando apenas alguns sinais de que poderá vir a descer no futuro caso seja necessário. A libra está a subir 0,2% para os 1,3125 dólares.
Já o euro está a ceder 0,04% para os 1,1028 dólares.
Petróleo caminha para a maior queda mensal desde maio
O ouro negro está a valorizar nesta sessão, recuperando de mínimos de três meses, mas a trajetória do mês de janeiro já está traçada: o barril deverá registar a maior queda mensal desde maio do ano passado.
Hoje o petróleo sobe após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter dito que não é preciso banir as viagens por causa do coronavírus, ainda que tenha declarado a situação de emergência de saúde pública internacional. A OMS mostrou confiança na capacidade da China para controlar o surto, afirmando que não são necessárias restrições no comércio.
A contrariar esse efeito está o pedido do Governo norte-americano aos cidadãos para não viajarem para território chinês durante este período. Além disso, a Arábia Saudita já pediu uma reunião de emergência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) por causa do efeito do coronavírus na cotação do petróleo, mas o encontro está a ter a resistência da Rússia.
Neste momento, o WTI, negociado em Nova Iorque, sobe 1,09% para os 52,71 dólares por barril, ao passo que o Brent, que é transacionado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, valoriza 0,86% para 58,79 dólares por barril por barril. Em janeiro, o WTI acumula uma queda de 13,74% e o brent de 10,89%.
Ouro brilha em janeiro
O coronavírus levou à queda da cotação do petróleo, mas beneficiou o ouro dado o seu estatuto de ativo de refúgio. O metal precioso caminha em janeiro para o segundo mês consecutivos de ganhos.
Além disso, o ouro beneficiou também da decisão da Reserva Federal norte-americana de manter os juros diretores em níveis baixos face ao histórico.
O ouro está a subir 0,29% para os 1.578,8 dólares por onça, negociando perto de máximos de 2013 e acumulando uma valorização de 4,07% no mês de janeiro.
PSI-20 avança 0,12% para os 5.252,52 pontos
Stoxx 600 sobe 0,25% para os 416,2 pontos
Nikkei subiu 0,99% para os 23.205,18 pontos
Juros da dívida portuguesa a dez anos alivia 0,2 pontos base para os 0,275%
Euro desvaloriza 0,04% para os 1,1028 dólares
Petróleo em Londres sobe 0,86% para 58,79 dólares por barril
OMS "cura" medo dos investidores e dá ganhos à Europa
Após mais uma queda provocada pelos receios com o coronavírus, as bolsas europeias voltam a recuperar no início da sessão desta sexta-feira, 31 de janeiro. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a valorizar 0,25% para os 416,2 pontos, com a maioria dos setores em alta.
Mas este não é o único fator que influencia as bolsas. A divulgação dos resultados das cotadas e os dados económicos sobre a Zona Euro também influenciam os investidores.
Às 10h, o Eurostat irá divulgar o PIB da Zona Euro para o quarto trimestre, mas já se sabe que França contraiu nesse período, surpreendendo pela negativa, assim como Itália. Por outro lado, o PIB espanhol cresceu acima do esperado.
Em termos de cotadas, há vários bancos espanhóis a divulgar resultados. É o caso do BBVA, por exemplo, que viu os seus lucros baixarem 35% em 2019. Nos EUA, ontem, os resultados da Amazon ficaram acima do esperado.
Apesar da subida que se regista na sessão de hoje, as bolsas europeias deverão com um saldo semanal negativo, assim como o PSI-20, numa semana que está a ser a pior para as bolsas mundiais desde agosto. Neste momento, a bolsa nacional está a subir 0,12% para os 5.252,52 pontos.
Obrigações em modo de espera
Com as ações, ativo de maior risco, a sofrerem esta semana, as obrigações - ativo de menor risco - beneficiaram, subindo significativamente e puxando os juros para mínimos de alguns meses. Contudo, hoje não se verificam grandes movimentações no mercado secundário de obrigações na Europa.
Os juros portugueses a dez anos estão a aliviar 0,2 pontos base para os 0,275% - um mínimo de novembro - enquanto os juros alemães no mesmo prazo estão a aliviar 0,2 pontos base para os -0,405%, patamar que não alcançava desde o final de outubro.
Libra sobe em dia de Brexit
A divisa britânica está a valorizar pela segunda sessão consecutiva no dia em que se concretiza a saída do Reino Unido da União Europeia às 23h de Londres (a mesma hora em Portugal). A libra esteve a desvalorizar nas cinco sessões anteriores por causa da expectativa dos investidores em relação à reunião de política monetária do Banco de Inglaterra.
Apesar da especulação sobre uma possível descida dos juros, o banco central decidiu manter as taxas diretoras, dando apenas alguns sinais de que poderá vir a descer no futuro caso seja necessário. A libra está a subir 0,2% para os 1,3125 dólares.
Já o euro está a ceder 0,04% para os 1,1028 dólares.
Petróleo caminha para a maior queda mensal desde maio
O ouro negro está a valorizar nesta sessão, recuperando de mínimos de três meses, mas a trajetória do mês de janeiro já está traçada: o barril deverá registar a maior queda mensal desde maio do ano passado.
Hoje o petróleo sobe após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter dito que não é preciso banir as viagens por causa do coronavírus, ainda que tenha declarado a situação de emergência de saúde pública internacional. A OMS mostrou confiança na capacidade da China para controlar o surto, afirmando que não são necessárias restrições no comércio.
A contrariar esse efeito está o pedido do Governo norte-americano aos cidadãos para não viajarem para território chinês durante este período. Além disso, a Arábia Saudita já pediu uma reunião de emergência da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) por causa do efeito do coronavírus na cotação do petróleo, mas o encontro está a ter a resistência da Rússia.
Neste momento, o WTI, negociado em Nova Iorque, sobe 1,09% para os 52,71 dólares por barril, ao passo que o Brent, que é transacionado em Londres e que serve de referência para as importações portuguesas, valoriza 0,86% para 58,79 dólares por barril por barril. Em janeiro, o WTI acumula uma queda de 13,74% e o brent de 10,89%.
Ouro brilha em janeiro
O coronavírus levou à queda da cotação do petróleo, mas beneficiou o ouro dado o seu estatuto de ativo de refúgio. O metal precioso caminha em janeiro para o segundo mês consecutivos de ganhos.
Além disso, o ouro beneficiou também da decisão da Reserva Federal norte-americana de manter os juros diretores em níveis baixos face ao histórico.
O ouro está a subir 0,29% para os 1.578,8 dólares por onça, negociando perto de máximos de 2013 e acumulando uma valorização de 4,07% no mês de janeiro.