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Empresas portuguesas endividam-se ao ritmo mais lento desde 2003

Redução da massa salarial e corte drástico do investimento atiraram as necessidades líquidas de financiamento das empresas para o segundo valor mais baixo desde 1999, ano em que o INE começou esta série.

Portugal lidera quedas na produtividade do trabalho na OCDE
28 de Dezembro de 2012 às 13:40
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A publicação trimestral do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostra que, no final dos primeiros nove meses de 2012, as empresas portuguesas tinham necessidades de financiamento de 3,9 mil milhões de euros, menos 2,5 mil milhões que no mesmo período de 2011 (-39%). Desde 1999, só uma vez este indicador registou um valor mais baixo, quando as necessidades foram 1,6 mil milhões de euros. O valor mais elevado desta série foi atingido em 2008 (14,2 mil milhões de euros).

 

Esta desalavancagem tem as suas raízes em dois factores principais: uma contracção muito forte do investimento e poupanças conseguidas com a queda da massa salarial dos trabalhadores.

 

Segundo os dados do INE, no caso do investimento, os 12,4 mil milhões de euros registados na formação bruta de capital até ao final do terceiro trimestre são os mais baixos desde que se iniciou a compilação destes dados. São menos 2,1 mil milhões que no mesmo período de 2011 (-14,5%). Já as remunerações dos empregados tiveram uma queda homóloga de 1,4 mil milhões de euros (-3,7%). 

 

Em ambos os casos, a quebra está relacionada com decisões de poupança por parte das empresas - investir menos, despedir trabalhadores - perante um ano de crise no consumo, mas também como um elevado número de falências. As sociedades não financeiras estão a investir menos e a pagar menos salários também porque há menos empresas abertas. Até Dezembro, a economia portuguesa enfrentou uma média de 25 falências por dia.


Notícias editada às 14h56

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