A taxa de poupança das famílias portuguesas aumentou de 10,1%, no segundo trimestre do ano, para 11,2%, no terceiro trimestre, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A justificar o aumento da poupança está, sobretudo, a redução do consumo.

"O aumento da poupança reflectiu a redução de 1,0% da despesa de consumo final das famílias, enquanto o rendimento disponível aumentou ligeiramente (0,2%)", revela o INE.

As remunerações das famílias diminuíram em 1%, uma queda menor que a verificada no trimestre anterior – altura em que as remunerações caíram 2,4% devido essencialmente ao não pagamento dos subsídios de férias aos trabalhadores da função pública.

"A diminuição das remunerações pagas foi extensiva a todos os sectores institucionais da economia portuguesa, embora com diferente intensidade. O sector das [administrações públicas] AP registou uma diminuição das remunerações de 1,4% (variação de 6,8% no trimestre anterior), enquanto para o total das sociedades a redução foi de 1,0%", adianta a mesma fonte.