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Confiança económica da Zona Euro cai para mínimo de cinco meses
O indicador de confiança económica da Zona Euro caiu "marcadamente" em Janeiro, atingindo um mínimo desde Agosto de 2015, revela a Comissão Europeia. Alemanha, Espanha e Itália lideram quedas. França e Holanda melhoram.
Consumidores e empresários de todos os sectores de actividade na Zona Euro, com excepção do retalho, estão em média menos confiantes em Janeiro, o que puxou o indicador de sentimento económico da Comissão Europeia para um mínimo desde Agosto do ano passado, revelou a Direcção-geral de Assuntos Económicos e Financeiros (DG Ecfin), na quinta-feira, dia 28 de Janeiro. Espanha, Alemanha e Itália destacam-se nas quedas. França e Holanda encabeçam as melhorias.
"A deterioração do sentimento económico na Zona Euro resultou na degradação da confiança de todos os sectores de actividade com excepção do retalho, que permaneceu estável, e uma queda menor na confiança dos consumidores", lê-se na nota divulgada pela Comissão Europeia, na qual destaca algumas subidas e descidas. "Entre as maiores economias da Zona Euro, o indicador de sentimento económico piorou em Espanha (-4,1 pontos), Alemanha (-2,1 pontos) e em Itália (-1,7 pontos), tendo aumentado em França (+1,1 pontos) e na Holanda (+0,6 pontos)", escreve ainda a DG Ecfin.
Para Portugal o indicador calculado em Bruxelas dá conta de uma melhoria do sentimento económico no país (+0.9 pontos), para um máximo de seis meses (desde Julho de 2015), puxado por melhorias na confiança dos consumidores e na dos empresários de todos os sectores, com excepção das vendas a retalho.
O INE, que divulgou também na quinta-feira, dia 28 de Janeiro, os seus indicadores de confiança deu conta de uma melhoria entre os consumidores, e um recuo entre os empresários.
Para a média da Zona Euro, a Comissão Europeia diz que "a queda marcada na confiança na indústria se deve ao maior pessimismo dos gestores em todas as três componentes, isto é, expectativas de produção, nível actual de encomendas, e stocks de produtos". Verificou-se também uma "queda forte" na confiança dos serviços, justificada igualmente por piores resultados nos três indicadores usados por Bruxelas: procura passada, situação do negócio, e expectativas de procura.
Na construção, a queda "marcada" no indicador resulta de uma degradação das perspectivas de emprego, que foi apenas parcialmente compensada por uma melhoria nas perspectivas de encomendas. E no retalho, cuja confiança que estabilizou em Janeiro, as melhores perspectivas de negócio foram contrapostas a más avaliações sobre os "stocks".
A Comissão Europeia explica ainda que a confiança dos consumidores da Zona Euro caiu "ligeiramente", com piores resultados em termos de avaliação de perspectivas económicas pessoais e da economia, mas mais confiança na criação de emprego.
O indicador de confiança económica também se degradou para o conjunto da UE a 28.
(Notícia actualizada às 11:10)