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Actividade económica na Zona Euro abranda e preços preocupam

O índice que mede a actividade dos gestores de compras cresceu menos em Janeiro que no mês anterior. Mas é a queda dos preços - a mais intensa em quase um ano - que mais se faz notar, pondo pressão no BCE.

Miguel Baltazar/Negócios
03 de Fevereiro de 2016 às 09:43
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A actividade manufactureira e de serviços na zona euro voltou a crescer em Janeiro, em linha com as primeiras expectativas, mas abaixo da performance registada no mês anterior. Contudo, a pressão de uma inflação baixa continua a empurrar para baixo os preços das mercadorias, colocando o foco na acção do Banco Central Europeu.

De acordo com o índice que mede o sentimento dos gestores de compras (PMI), divulgado esta quarta-feira pela Markit, a actividade compósita (serviços e manufactura) ficou em Janeiro em 53.6 (acima dos 53.5 da primeira leitura e abaixo de 54.3 registados em Dezembro). Valores acima de 50 representam crescimento da actividade, marca que vem sendo superada há 31 meses consecutivos.


Já os preços médios para bens e serviços à saída do fornecedor fecharam o mês com a queda mais intensa desde Março do ano passado, 10 meses antes, confirmando os efeitos dos baixos níveis de inflação na zona euro e aumentando a expectativa de mais medidas do Banco Central Europeu, que prometeu para o próximo mês uma reavaliação dos esforços em curso.


"O mais preocupante do ponto de vista de quem define as políticas é a intensificação das pressões deflacionistas. (…) Isto aumenta as dúvidas sobre se os estímulos existentes foram apenas insuficientes ou se a política monetária não se está a revelar ineficaz", disse Chris Williamson, economista-chefe da Markit, em comunicado divulgado pela empresa.

A queda dos preços teve também um efeito de redução no valor a que as fábricas e outras empresas compram os seus produtos. Os preços de aquisição caíram pela primeira vez num ano, tendo sido a maior queda em 12 meses no caso do sector manufactureiro.

Os níveis de empregabilidade (a criação de postos de trabalho cresce há 15 meses, próximo de máximos de quatro anos e meio) e de novas encomendas sugerem ainda assim que a tendência positiva na actividade económica se manterá nos próximos meses.


Entre as maiores economias da Europa, a Alemanha confirmou a leitura inicial – 54.5, em mínimos de três meses -, enquanto Espanha fechou o mês em 55.3, no segundo melhor comportamento das principais locomotivas da zona euro, numa lista que é liderada pelos 61.1 da Irlanda. Já França desiludiu, ao sair abaixo da leitura inicial (50.2 contra 50.5) e próximo de terreno de estagnação.


O Stoxx Europe 600, índice que mede o desempenho de 600 das acções das maiores empresas da Europa, segue em terreno ligeiramente positivo, passando a registar ganhos depois da divulgação dos dados do PMI. O francês CAC 40 está na linha de água, a ceder 0,04% às 9h35.

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