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Irlanda vai a eleições no dia 26 de Fevereiro

O primeiro-ministro Enda Kenny é candidato a mais um mandato e apresenta a saída da "troika" - com menos desemprego e um crescimento muito superior aos pares europeus - como principal trunfo.

Bloomberg
Paulo Zacarias Gomes paulozgomes@negocios.pt 03 de Fevereiro de 2016 às 11:47

O primeiro-ministro irlandês Enda Kenny anunciou esta quarta-feira ter pedido ao presidente do país a dissolução do Parlamento (Dáil Éireann) e a marcação de eleições gerais para dentro de pouco mais de três semanas, na sexta-feira dia 26 .

Kenny é recandidato ao cargo de chefe de Governo e poderá vir a ser o primeiro membro do partido conservador-liberal (Fine Gael) a ser reeleito taoiseach (primeiro-ministro) desde a independência do país, se se confirmarem as sondagens que lhe dão um resultado próximo da maioria absoluta, que poderá ser alcançada com o apoio deputados independentes.

O período de governo de Enda Kenny – em coligação com os trabalhistas - coincide com a saída da Irlanda do programa de assistência económica e financeira, período em que o país reduziu o desemprego a quase metade, cresceu mais que os pares europeus e viu o consumo interno recuperar, de acordo com o jornal The Guardian.

"Pela primeira vez numa geração, a escolha que enfrentam é tão simples como clara. Há cinco anos (…) a Irlanda estava à beira do colapso, 300 mil pessoas tinham perdido o emprego, as finanças públicas estavam descontroladas, dezenas de milhares de familiares nossos saíam do país em busca de emprego e a reputação internacional da Irlanda estava de rastos", afirmou o primeiro-ministro numa mensagem colocada na rede social Twitter.

"Cinco anos depois, ainda temos muitos desafios e o trabalho não acabou", disse o agora candidato, elencando entre os progressos o regresso de 135 mil pessoas ao trabalho, a saída da troika e o fim dos "bancos maus". E pediu uma "escolha clara" para criar mais e melhores empregos e terminar o trabalho começado.

No terceiro trimestre do ano passado, de acordo com os dados do organismo estatístico de Dublin, a economia irlandesa cresceu 7% em relação ao período homólogo de 2014 (1,4% em cadeia), tendo registado em Janeiro uma taxa de desemprego de 8,6%. Ainda esta quarta-feira, nos dados relativos à performance das economias europeias no primeiro mês do ano – o índice PMI, dos gestores de compras – a Irlanda se destacava com o melhor resultado entre os países analisados: 61.1 contra uma média de 53.6 da zona euro.


Se os trabalhistas terão de responder perante o seu eleitorado pelo acordo dado às medidas de austeridade inscritas no programa de resgate assinado com o FMI e a União Europeia, já aos conservadores-liberais se afigura um possível novo período de governo em que o fôlego financeiro permitirá tomar medidas mais populares. 

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