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China trava compras de dólares americanos

Segundo a Reuters, o Banco Popular da China recomendou aos bancos que reduzissem as compras de dólares americanos.

A moeda chinesa arrastou as bolsas de todo o mundo no Verão de 2015. Na madrugada de 10 para 11 de Agosto, o Banco Popular da China anunciou a maior desvalorização do yuan desde os anos 90, ao mesmo tempo que flexibilizava a cotação da sua divisa. A decisão fez tremer os mercados, uma vez que os investidores começaram a ter dúvidas sobre a real saúde da economia chinesa. A desvalorização foi entendida como um sinal de preocupante debilidade, como que numa tentativa de evitar que a sua desaceleração após um crescimento em torno de dois dígitos resultasse numa recessão.
Praticamente todo o mês de Agosto foi de queda nas bolsas, tendo a sessão de dia 24 sido apelidada de 'segunda-feira-negra', uma vez que se viveu 'mini-crash'. No dia seguinte, a China voltou a intervir para tentar travar a espiral de queda nos mercados e o banco central avançou com o quinto corte de juros desde Novembro de 2014, numa tentativa de estimular a economia. Resultou: as bolsas mundiais dispararam, a corrigirem da pior sessão em sete anos.
Reuters
09 de Abril de 2025 às 10:43
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O Banco Popular da China pediu aos principais bancos públicos chineses para reduzir as compras de dólares norte-americanos, escreve nesta quarta-feira, 9 de abril, a Reuters, citando fontes próximas do assunto.

As orientações do Banco Popular da China (PBOC) foram enviadas aos bancos públicos chineses esta semana, recomendando que interrompessem as compras de dólares norte-americanos. Os grandes bancos também foram instruídos a intensificar as verificações ao executar ordens de compra dólares dos seus clientes.

Os grandes bancos chineses estavam a vender dólares e a comprar remimbis agressivamente para abrandar a queda da divisa chinesa esta quarta-feira, relata a Reuters. O yuan "offshore" recuou esta terça-feira até aos 0,1355 dólares, o valor mais baixo de sempre da divisa chinesa frente à moeda norte-americana.

O Banco Popular da China não vai recorrer à desvalorização da moeda chinesa para amenizar o impacto das tarifas sobre as exportações para os Estados Unidos e a economia do país, segundo duas pessoas próximas do regulador citadas pela agência.

Esta terça-feira, as plataformas de investimento estatais chinesas anunciaram também um aumento das suas participações em fundos negociados em bolsa (ETF) e em ações de empresas estatais, no âmbito dos esforços para estabilizar as praças financeiras chinesas.

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