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Inflação sobe em Janeiro (act.)
A variação dos preços ao consumidor melhorou em relação a Janeiro do ano anterior, mas apresentou um desempenho pior quando comparado com Dezembro, o mês anterior, anunciou o INE.
O ritmo de subida dos preços acentuou-se no primeiro mês do ano, levando Janeiro a fechar com um aumento de 0,8% face ao mesmo mês do ano anterior e duplicando a variação homóloga de Dezembro, que tinha sido de 0,4%.
Contudo, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados esta quarta-feira 10 de Fevereiro, a variação mensal (comparada com o mês anterior) foi pior em Janeiro, com os preços a caírem 1% contra uma variação negativa de 0,3% em Dezembro.
Na variação homóloga e sem contar com os produtos alimentares não transformados e com a energia, a subida foi superior, de 1%, também acima de 0,5% em Dezembro. O índice relacionado com os preços do sector energético atenuou as quedas (de -1,5% em Dezembro para -1,3% em Janeiro), contribuindo também para a recuperação global da inflação.
As comunicações, as bebidas alcoólicas e o tabaco registaram a maior variação interanual de preços, enquanto o vestuário e calçado passou de uma queda de mais de 2% em Dezembro para um aumento ligeiro em Janeiro.
No entanto, na comparação com o mês anterior, esta mesma categoria apresentou o maior contributo negativo, com os preços a afundarem 16,6% face a Dezembro, seguido pela categoria transportes, que teve os voos internacionais entre as maiores fontes de pressão.
A concretizarem-se as previsões do Eurostat anunciadas no dia 29 de Janeiro, os preços em Portugal aumentaram ao dobro do ritmo da zona euro, para onde se espera que a taxa de variação homóloga tenha ficado nos 0,4% no primeiro mês do ano. Este será também um sinal de recuperação para os 19 países que partilham a moeda única e a braços com sinais de persistente baixa inflação.
A estabilização dos preços na zona euro para níveis abaixo mas próximo dos 2% é um dos objectivos do conselho de política monetária do Banco Central Europeu, que tem no terreno há quase um ano um programa de compra de activos que ascende a 60 mil milhões de euros por mês e que deverá ser revisto na reunião do banco em Março.
(notícia actualizada às 11h39 com mais informação)