A confiança dos empresários alemães caiu, inesperadamente, em Dezembro, num sinal de que as empresas estão preocupadas com os riscos que se colocam à maior economia da Europa.

O índice Ifo que mede o sentimento dos empresários desceu de 109 pontos, em Novembro, para 108,7 pontos, em Dezembro, quando os economistas esperavam que este indicador ficasse inalterado.

O Bundesbank confirmou, este mês, as suas estimativas de crescimento para a economia alemã, que apontam para um aumento do PIB de 1,8% em 2016. O banco central sustenta que a economia está a beneficiar de uma forte procura interna, ainda que o sector industrial, virado para as exportações, esteja a ser penalizado pela incerteza nos mercados emergentes.

Com a queda dos preços do petróleo a minar os esforços do Banco Central Europeu (BCE) para impulsionar o crescimento dos preços, e a crise dos refugiados na Europa, os riscos de deterioração das perspectivas económicas aumentaram.

O índice PMI para a indústria e serviços, divulgado esta quarta-feira, mostram, porém, que o sector privado alemão completou o melhor trimestre em um ano e meio. A confiança dos investidores alemães aumentou, em Novembro, pelo segundo mês consecutivo, e a taxa de desemprego caiu para 6,3% no mês passado, o nível mais baixo desde a reunificação da Alemanha.