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Confiança dos consumidores portugueses volta a recuar com piores expectativas económicas

O índice de confiança dos consumidores recuou em Julho pelo segundo mês seguido, isto depois de em Maio ter atingido o valor mais elevado desde 1997. Já o indicador de clima económico avançou para o valor mais alto desde Maio de 2002.

Miguel Baltazar/Negócios
30 de Julho de 2018 às 10:10
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A degradação das perspectivas económicas penalizou pelo segundo mês consecutivo o indicador de confiança dos consumidores portugueses, segundo apontam os dados divulgados esta segunda-feira, 30 de Julho, pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE).

Assim, depois de, em Maio, ter registado o valor mais alto da série iniciada em Novembro de 1997 pelo INE, o índice de confiança dos consumidores recuou em Julho pelo segundo mês consecutivo.

O INE refere que esta quebra de confiança foi provocada pelo "contributo negativo de todas as componentes, destacando-se as perspectivas relativas à evolução do desemprego e da situação económica do país". Também as perspectivas relativas à capacidade de gerar poupança por parte das famílias portuguesas ao longo dos próximos 12 meses se degradaram em Julho face ao mês anterior.

 

Clima económico avança para máximo de Maio de 2002

Mais positiva é a evolução do indicador de clima económico que, em Julho, registou o terceiro mês consecutivo com uma evolução positiva, o que permitiu atingir o valor mais alto desde Maio de 2002.

A contribuir para esta subida estiveram os aumentos registados nos indicadores de confiança na indústria transformadora e nos serviços, enquanto as ligeiras quebras de confiança nos sectores da construção e obras públicas e do comércio impediram uma melhoria ainda mais acentuada do indicador de clima económico.

O indicador de confiança da indústria transformadora aumentou em Julho (depois de ter recuado no conjunto dos primeiros seis meses do ano), sobretudo devido ao contributo positivo das perspectivas de produção, e o indicador de confiança dos serviços avançou para máximos de Agosto de 2001.

Já o indicador de confiança da construção e obras públicas diminuiu em Julho, recuando assim face ao máximo de Março de 2002 alcançado em Junho, evolução negativa para a qual contribuíram especialmente as opiniões sobre a carteira de encomendas. Por fim, o indicador de confiança do comércio caiu ligeiramente entre Junho e Julho em consequência do "contributo negativo das opiniões sobre o volume de vendas", explica o gabinete de estatística.

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