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Catroga: “Precisamos de uma rede de protecção que se chama programa cautelar”

O antigo ministro das Finanças acredita que Portugal apenas pode voltar a ganhar a confiança dos mercados e baixar a taxa de risco com a ajuda de um programa cautelar.

Miguel Baltazar/Negócios
10 de Dezembro de 2013 às 18:06
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“Não conseguimos re-ganhar a confiança dos mercados, baixar a taxa de risco da economia portuguesa que é uma condição fundamental para termos condições de financiamento adequadas na economia portuguesa”, disse  Eduardo Catroga aos jornalistas, à margem da conferência anual da ASFAC (Associação de Instituições de Crédito Especializado).

 

“Isso só será conseguido quando convencermos os mercados que o risco de compra de dívida portuguesa  é um risco que eles podem assumir a preço adequado, isto é, com uma taxa de juro que seja adequada para a economia portuguesa”, acrescentou o professor.

 

“E o programa cautelar ajudaria na construção dessa segurança”, sublinhou. Durante a conferência, Eduardo Catroga tinha já afirmado que gostaria de ver “um acordo entre os partidos para renegociar um programa cautelar para financiar a economia portuguesa”, à semelhança do que aconteceu na Irlanda, que em breve regressará aos mercados sem qualquer protecção.

 

“Precisamos de uma rede de protecção que se chama programa cautelar”, adiantou Eduardo Catroga.

 

Contudo, “também ajudaria na construção dessa segurança, se houvesse uma acordo entre as principais forças políticas e sociais”, acrescentou Eduardo Catroga, à margem da conferência. Este consenso, permitiria “diminuir a taxa de risco da economia portuguesa” e “até eventualmente obtermos prazos mais alargados para a consolidação orçamental”.

 

Eduardo Catroga considera fundamental “cumprimos os objectivos a que nos comprometemos para 2014 e depois criarmos condições para um programa a médio prazo”. Para o antigo ministro, este programa deve “prever uma consolidação orçamental mais suave e medidas para a melhoria da competitividade e da produtividade para a criação de condições para a retoma sustentada da economia a prazo, que tem de caminhar para um crescimento de 2% a 3% sem o qual não existirão condições para pagar a dívida e não existirão condições  para financiar o Estado Social”.

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