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Actividade económica arranca quarto trimestre com subida

No arranque do quarto trimestre, a actividade económica recuperou ligeiramente, sinalizando que o PIB deverá conter a desaceleração no final deste ano.

19 de Dezembro de 2018 às 11:47
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Em Outubro, o indicador de actividade económica do Instituto Nacional de Estatística (INE) aumentou face ao mês anterior, depois de duas quedas seguidas. Em causa está a queda menos intensa da produção da indústria e a aceleração da construção face a Outubro do ano passado. Já os indicadores para o consumo, investimento e procura externa diminuíram. 

"Em termos homólogos, a informação proveniente dos Indicadores de Curto Prazo (ICP), disponível até Outubro, aponta para um abrandamento em termos nominais da actividade económica, tanto na indústria como nos serviços", explica o INE na Síntese de Conjuntura divulgado esta quarta-feira, 19 de Dezembro. O crescimento do índice de volume de negócios nos serviços tem vindo a desacelerar nos últimos meses.

Por outro lado, "em sentido contrário, em termos reais, observou-se uma diminuição menos intensa do índice de produção da indústria e uma aceleração no caso da construção". Ou seja, a menor desaceleração da indústria e a aceleração da construção foram suficientes para que o indicador registasse uma pequena subida para uma variação de 2,2% em Outubro, em termos homólogos.

O índice de produção da construção está a acelerar desde Agosto (+3,9%), tendo chegado a Outubro com uma subida homóloga de 4,5%. Além disso, "o indicador de confiança da construção e obras públicas aumentou em Outubro e Novembro, após ter diminuído nos três meses anteriores, retomando o perfil ascendente iniciado em Dezembro de 2012", nota o INE.

No global, o indicador de clima económico diminuiu em Novembro, depois de ter estabilizado. Recorde-se que em Julho este indicador atingiu um máximo de Maio de 2002. Já o indicador de confiança dos consumidores diminuiu em Novembro, após ter atingido em Maio o valor máximo da série.

No terceiro trimestre, a economia portuguesa cresceu 2,1%, em termos homólogos. Em cadeia (de um trimestre para o outro), o crescimento foi de 0,3%, uma travagem face aos 0,6% do segundo trimestre. 

Estes números confirmam que Portugal está a desacelerar em linha com a Zona Euro (1,6% no terceiro trimestre). Só uma aceleração significativa no quarto trimestre ou uma revisão em alta dos números anteriores é que podem tornar ainda alcançável a meta do Governo de uma subida de 2,3% do PIB este ano.

Ainda esta terça-feira, 18 de Dezembro, o Banco de Portugal reviu em baixa o crescimento do PIB para 2018 e para os próximos anos, tornando-se numa das entidades mais pessimistas em relação à evolução da economia portuguesa.
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