Notícia
ISEG ainda admite que economia possa crescer 2,3% em 2018
O ISEG é uma das poucas entidades que ainda admite que o PIB possa crescer 2,3% este ano, tal como prevê o Governo.
Apesar da maior parte das instituições prever que a economia vá crescer menos do que o Governo prevê, o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) ainda admite que o PIB possa expandir 2,3% em 2018.
Na síntese de conjuntura de Dezembro, publicada esta quinta-feira, 20 de Dezembro, o ISEG mantém o intervalo para o crescimento do PIB em 2018 entre 2,1% e 2,3%, que tinha revisto em baixa no mês passado. Só na melhor das hipóteses é que o crescimento económico vai atingir a meta do Governo (2,3%), mas a recta final do ano, tendo em conta os dados actuais, até pode dar uma ajuda.
"Os primeiros dados quantitativos relativos ao quarto trimestre (quase exclusivamente de Outubro) sugerem uma relativa estabilidade no crescimento conjunto dos principais indicadores mas a evolução dos indicadores de confiança e clima económico em Outubro e Novembro foi um pouco mais pessimista", consideram os economistas do ISEG.
Esta semana foi a vez do Banco de Portugal rever em baixa o crescimento económico este ano de 2,3% para 2,1%. A maior parte das instituições aponta para os 2,2%. Apesar de a diferença ser de décimas, a maior ou menor subida do PIB tem impacto nas finanças públicas, principalmente no rácio da dívida pública - um dos indicadores que é vigiado de perto pelas agências de rating.
Depois da travagem do terceiro trimestre, o objectivo do Governo ficou em causa dado que para o atingir, em números redondos, a economia teria de acelerar para um crescimento de 2,5%, em termos homólogos, no quarto trimestre. Em cadeia isso significaria um crescimento de 1%.
Mas a conjuntura externa também não ajuda uma vez que o PIB da Zona Euro foi revisto em baixa para 1,6% no terceiro trimestre e a recta final do ano na Europa foi afectada pelos protestos dos "coletes amarelos" em França.
Investimento justifica menor crescimento
Segundo a análise do ISEG, em termos acumulados, a economia cresceu 2,2% até Setembro, menos 0,6 pontos percentuais do que o registado no ano passado.
A grande diferença entre 2017 e 2018 reside no investimento. "Comparativamente a 2017 nota-se que tem sido o menor crescimento do investimento o factor a justificar o menor crescimento do PIB em 2018: 10% em 2017 contra 5% em 2018", lê-se na síntese.
Nas restantes componentes da procura interna (consumo privado, público e investimento) e da procura externa líquida (exportações descontadas das importações) "as diferenças de crescimento entre anos são da ordem das décimas".
Já no caso específico do terceiro trimestre, o ISEG justifica a desaceleração com a travagem da procura interna, em especial do consumo privado. "O menor crescimento do consumo privado no terceiro trimestre ficou apenas ligeiramente abaixo da média no passado recente, enquanto o do segundo trimestre a excedera de forma notória", refere.
Na síntese de conjuntura de Dezembro, publicada esta quinta-feira, 20 de Dezembro, o ISEG mantém o intervalo para o crescimento do PIB em 2018 entre 2,1% e 2,3%, que tinha revisto em baixa no mês passado. Só na melhor das hipóteses é que o crescimento económico vai atingir a meta do Governo (2,3%), mas a recta final do ano, tendo em conta os dados actuais, até pode dar uma ajuda.
Esta semana foi a vez do Banco de Portugal rever em baixa o crescimento económico este ano de 2,3% para 2,1%. A maior parte das instituições aponta para os 2,2%. Apesar de a diferença ser de décimas, a maior ou menor subida do PIB tem impacto nas finanças públicas, principalmente no rácio da dívida pública - um dos indicadores que é vigiado de perto pelas agências de rating.
Depois da travagem do terceiro trimestre, o objectivo do Governo ficou em causa dado que para o atingir, em números redondos, a economia teria de acelerar para um crescimento de 2,5%, em termos homólogos, no quarto trimestre. Em cadeia isso significaria um crescimento de 1%.
Mas a conjuntura externa também não ajuda uma vez que o PIB da Zona Euro foi revisto em baixa para 1,6% no terceiro trimestre e a recta final do ano na Europa foi afectada pelos protestos dos "coletes amarelos" em França.
Investimento justifica menor crescimento
Segundo a análise do ISEG, em termos acumulados, a economia cresceu 2,2% até Setembro, menos 0,6 pontos percentuais do que o registado no ano passado.
A grande diferença entre 2017 e 2018 reside no investimento. "Comparativamente a 2017 nota-se que tem sido o menor crescimento do investimento o factor a justificar o menor crescimento do PIB em 2018: 10% em 2017 contra 5% em 2018", lê-se na síntese.
Nas restantes componentes da procura interna (consumo privado, público e investimento) e da procura externa líquida (exportações descontadas das importações) "as diferenças de crescimento entre anos são da ordem das décimas".
Já no caso específico do terceiro trimestre, o ISEG justifica a desaceleração com a travagem da procura interna, em especial do consumo privado. "O menor crescimento do consumo privado no terceiro trimestre ficou apenas ligeiramente abaixo da média no passado recente, enquanto o do segundo trimestre a excedera de forma notória", refere.