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Presidente Eurogrupo apoia saída de Portugal mas avisa que rigor orçamental deve continuar

O presidente do Eurogrupo defendeu esta segunda-feira que Portugal "tomou a decisão certa ao optar" por uma saída sem programa cautelar, mas advertiu que continuam a existir obrigações e que "não se pode gastar dinheiro que não se tem".

Bloomberg
05 de Maio de 2014 às 14:27
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"Acho que as circunstâncias de mercado são bastante boas e que Portugal tem feito um bom trabalho no reajustamento e na alteração da sua economia em termos orçamentais (...) as perspectivas melhoraram bastante nos últimos dois anos, percebo o optimismo [do Governo português] e apoio-o", afirmou Jeroen Dijsselbloem.

 

O presidente do Eurogrupo falava aos jornalistas à entrada para a reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, que decorre esta segunda-feira à tarde em Bruxelas.

 

"Penso que se Portugal continuar a cumprir as suas obrigações, que passam por uma maior modernização da economia e mais reformas, tudo vai correr bem", acrescentou.

 

O holandês referiu ainda que "o compromisso político" é um risco para todos os países e para a União Europeia e que "é difícil modernizar e promover alterações nas economias" sem que ele exista: "O trabalho de um governo implica decisões sempre difíceis, em Portugal, como noutros países, mas para Portugal é crucial, [Portugal] tem de manter a confiança dos mercados e essa confiança requere mais passos e empenho do Governo".

 

Sobre um eventual abrandamento nas medidas de austeridade, o presidente do grupo de países que partilham a moeda única, sublinhou que manter uma política orçamental rigorosa é algo que deve ser permanente.

 

"Diria que os tempos da austeridade muito rígida já passaram, mas isso não significa que se possa começar a gastar dinheiro que não se tem, ter uma política orçamental rigorosa é uma responsabilidade de todos os países", declarou.

 

O Governo português vai comunicar hoje, em Bruxelas, aos seus parceiros da zona euro a decisão de sair do programa de resgate financeiros sem recurso a qualquer programa cautelar.

 

No encontro de ministros das Finanças da zona euro, o derradeiro até à saída do programa de assistência financeira, a 17 de maio, Maria Luís Albuquerque irá transmitir formalmente ao Eurogrupo a decisão comunicada no domingo à noite ao país pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, que anunciou a chamada "saída limpa" do programa.

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