Notícia
Raízes Portuguesas
No sector intenso do mobiliário de design, uma empresa nacional, a Around the Tree, consegue captar de modo eficaz o espírito da contemporaneidade e criar peças que impressionam.
07 de Abril de 2018 às 09:00
A história da visibilidade global recente do mobiliário português de autor tem sido por várias vezes contada nesta página. É um fenómeno deveras singular, e feliz, que, de muitos modos, nos surpreende a todos. Para começar e continuar a escrever esta história, os designers portugueses tiveram de educar o mundo para a nossa tradição artesanal, colocando-nos ao lado de países reconhecidos neste território, e tiveram de recuperar e reinventar objectos e bens que faziam parte do nosso património, mas que, de muitos modos, estavam desaparecidos.
Ao mesmo tempo, os designers e as empresas que fundaram ou que os financiam tiveram de abandonar os nossos modelos clássicos de criação e negócio, assentes na produção massiva anónima, raramente patenteada. Felizmente, conseguiram-no, substituindo-os pelos valores mais valiosos da contemporaneidade, assentes nas peças únicas, nas edições limitadas, na manufactura e na capacidade de uma peça contar e representar uma história.
Umas das marcas que melhor consegue situar-se neste espaço é a Around the Tree, www.aroundthetree.eu, fundada em 2013 pelo designer Alexandre Caldas. A Around the Tree teve a felicidade de, inicialmente, centrar todo o seu trabalho numa peça icónica, a cadeira para exterior concebida nos anos 50 do século passado por Gonçalo Rodrigues dos Santos. A cadeira, que ainda hoje serve muitas esplanadas e espaços exteriores de Portugal, especialmente na sua versão de metal, foi trabalhada e reinterpretada pela Around the Tree, que lhe deu o nome marcante de Portuguese Roots.
Ao mesmo tempo que ia obtendo créditos no mercado e dos especialistas com a cadeira, a marca foi partilhando os traços principais do seu trabalho. Talvez o mais importante seja o de trabalhar exclusivamente em madeiras nobres e na tão nacional cortiça, mas a passagem da mensagem que cada produto é único, e que não produz em série, situou a marca de modo decisivo.
Hoje, a Around the Tree trabalha na fileira clássica do mobiliário de autor, mesas, secretárias, cadeiras, com algumas idas interessantes à iluminação, por exemplo. A juntar a todas estas dimensões, está obviamente a natureza do design das peças criadas. Há uma espécie de arrojo em cada peça da marca, como se o objectivo fosse sempre o de romper os padrões tradicionais da funcionalidade ortodoxa e o de encontrar novos ângulos e formas para as criações. O que surge daqui são peças que causam uma impressão muito forte e não apenas o sentimento de admiração por uma peça bem conseguida. No tema do mobiliário, que nestes últimos anos tem provocado boas emoções nos investidores, a Around the Tree surge muito bem posicionada.
Nota ao leitor: Os bens culturais, também classificados como bens de paixão, deixaram de ser um investimento de elite, e a designação inclui hoje uma panóplia gigantesca de temas, que vão dos mais tradicionais, como a arte ou os automóveis clássicos, a outros totalmente contemporâneos, como são os têxteis, o mobiliário de design ou a moda. Ao mesmo tempo, os bens culturais são activos acessíveis e disputados em mercados globais extremamente competitivos. Semanalmente, o Negócios irá revelar algumas das histórias fascinantes relacionadas com estes mercados, partilhando assim, de forma independente, a informação mais preciosa.
Ao mesmo tempo, os designers e as empresas que fundaram ou que os financiam tiveram de abandonar os nossos modelos clássicos de criação e negócio, assentes na produção massiva anónima, raramente patenteada. Felizmente, conseguiram-no, substituindo-os pelos valores mais valiosos da contemporaneidade, assentes nas peças únicas, nas edições limitadas, na manufactura e na capacidade de uma peça contar e representar uma história.
Ao mesmo tempo que ia obtendo créditos no mercado e dos especialistas com a cadeira, a marca foi partilhando os traços principais do seu trabalho. Talvez o mais importante seja o de trabalhar exclusivamente em madeiras nobres e na tão nacional cortiça, mas a passagem da mensagem que cada produto é único, e que não produz em série, situou a marca de modo decisivo.
Hoje, a Around the Tree trabalha na fileira clássica do mobiliário de autor, mesas, secretárias, cadeiras, com algumas idas interessantes à iluminação, por exemplo. A juntar a todas estas dimensões, está obviamente a natureza do design das peças criadas. Há uma espécie de arrojo em cada peça da marca, como se o objectivo fosse sempre o de romper os padrões tradicionais da funcionalidade ortodoxa e o de encontrar novos ângulos e formas para as criações. O que surge daqui são peças que causam uma impressão muito forte e não apenas o sentimento de admiração por uma peça bem conseguida. No tema do mobiliário, que nestes últimos anos tem provocado boas emoções nos investidores, a Around the Tree surge muito bem posicionada.
Nota ao leitor: Os bens culturais, também classificados como bens de paixão, deixaram de ser um investimento de elite, e a designação inclui hoje uma panóplia gigantesca de temas, que vão dos mais tradicionais, como a arte ou os automóveis clássicos, a outros totalmente contemporâneos, como são os têxteis, o mobiliário de design ou a moda. Ao mesmo tempo, os bens culturais são activos acessíveis e disputados em mercados globais extremamente competitivos. Semanalmente, o Negócios irá revelar algumas das histórias fascinantes relacionadas com estes mercados, partilhando assim, de forma independente, a informação mais preciosa.