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Ted Baker afunda 30% com novo corte nas previsões de lucro

Os "percalços" sucedem-se para a Ted Baker, e as revisões em baixa multiplicam-se. A retalhista prevê angariar 13 milhões de libras este ano, abaixo dos 63 milhões previstos anteriormente.

11 de Junho de 2019 às 10:09
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A Ted Baker reviu as previsões de resultados para 2019 acusando "condições difíceis de comércio" e o elevado nível de promoções. É a segunda vez este ano que as previsões de lucro da retalhista pioram. 

"A incerteza em relação ao consumo em vários mercados-chave e o nível elevado de promoções nos mercados globais resultaram em condições de comércio extremamente difíceis durante este ano fiscal e até ao presente", declarou a Ted Baker esta terça-feira, apontando estes como os fatores que deverão afetar os respetivos resultados até ao final do ano.

As ações já desceram a um mínimo de novembro de 2012, após uma quebra de 30,20% para as 9,39 libras - a maior perda desde que a empresa entrou em bolsa, em 1997. A cotada segue a descer 26,45% para as 9,90 libras.

A retalhista britânica aponta para um resultado líquido de 13 milhões de libras no conjunto do ano, os quais comparam com a anterior previsão de 63 milhões que era avançada anteriormente - e que já era uma "versão" reduzida das estimativas iniciais.

O último profit-warning foi lançado na sequência da demissão do fundador, Ray Kelvin, depois de ter enfrentado acusações de abraçar funcionários sem consentimento. Lindsay Page foi nomeada sucessora e tomou as rédeas no passado mês de dezembro, tendo apenas oficializado o respetivo mandato em abril. 

A investigação acerca da conduta do antigo responsável ficou concluído no passado abril e desta não resultaram quaisquer comentários acerca do comportamento de Kelvin. A Ted Baker limitou-se a garantir que iria reforçar a supervisão da conduta dentro da empresa. 

Até emergir este escandalo, a Ted Baker era considerada uma das retalhistas mais resilientes do Reino Unido, destacando-se da concorrência através do comércio online numa altura em que o Brexit se afirma como uma ameaça aos lucros.
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