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Saudi Aramco pode distribuir mais de 100 mil milhões por ano em dividendos

A petrolífera saudita, que tem estreia marcada em bolsa para dezembro, pode vir a distribuir um total de 100 mil milhões de dólares por ano em dividendos.

Reuters
08 de Novembro de 2019 às 08:31
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Os bancos que estão a trabalhar na oferta pública inicial anunciada pela Saudi Aramco estão a admitir a possibilidade de avançar com uma remuneração extraordinária para os acionista. O cenário admite que o dividendo anual distribuído pela petrolífera ultrapasse os 100 mil milhões de dólares, avança o Financial Times.

Anteriormente, a hipótese avançada era a de que o dividendo anual fosse, no mínimo, de 75 mil milhões de dólares durante os próximos cinco anos. "A gestão da Aramco sublinhou a possibilidade de haver uma distribuição adicional aos acionistas acima e além da fasquia mínima avançada para o dividendo", escreveu o Bank of America Merrill Lynch, num relatório entregue aos investidores.

Este relatório, de acordo com a publicação britânica, é um dos vários emitidos por bancos globais e que estão a elevar o interesse pela oferta.

Os argumentos a favor desta hipótese são a possível subida dos preços do petróleo, o aumento no fluxo de caixa da empresa, e, finalmente o crescimento económico e a inflação na Arábia Saudita. De acordo com o Merrill Lynch, o PIB desta nação do médio oriente deverá aumentar na ordem dos 3% ao ano.

Se o preço do barril de petróleo subir aos 70 dólares nos próximos quatro anos, a liquidez angariada permitiria pagar um dividendo extra anual de 30 mil milhões de dólares, perfazendo uma remuneração total de 105 mil milhões de dólares. Caso o "ouro negro" se mantenha mais perto dos 60 dólares a previsão não se concretiza, com a Saudi Arabia a entregar, anualmente, 86,5 mil milhões de dólares em dividendo.

A venda de uma pequena parcela da empresa mais rentável do mundo está para breveA oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) foi lançada este domingo, sem detalhes da operação. A previsão, segundo as mesmas fontes, aponta para que o preço seja definido no dia 5 de dezembro e que as ações se estreiem em bolsa seis dias depois, a 11 de dezembro.  

A Saudi Aramco passará então a estar cotada em Riade, praça da Arábia Saudita. E a inibição de vender mais ações faz com que até 2020 a empresa não entre em novos mercados bolsistas.

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