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Bitcoin afunda 20% e regressa à casa dos 11 mil dólares

As criptomoedas estão a ser penalizadas pela confirmação do governo da Coreia do Sul de que poderá banir a negociação deste tipo de produtos.

2017 foi um ano em que praticamente todos os dias ouvimos falar da bitcoin. A mais antiga e a mais popular das moedas virtuais disparou mais de 1.700%, desde o início do ano, e chegou a superar os 19.500 dólares. Isto depois de os futuros sobre a bitcoin terem começado a transaccionar na CME Group, uma semana depois da rival de Chicago Cboe Global Markets ter introduzido derivados semelhantes sobre a volátil criptomoeda.
Negócios 16 de Janeiro de 2018 às 12:36
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A mais conhecida das moedas electrónicas está a afundar esta terça-feira, 16 de Janeiro, dando gás a um movimento de vendas nas criptmoedas, depois de o ministro das Finanças da Coreia do Sul ter reiterado que o país deverá proibir a sua negociação, naquele que é um dos mercados mais activos no que respeita a estes produtos.

A bitcoin desce 14,24% para 11.934,56 dólares, depois de ter desvalorizado um máximo de 19,53% para 11.199,07 dólares, o valor mais baixo desde 22 de Dezembro. A moeda criada por Satoshi Nakamoto já perde 13% desde o início do ano. De acordo com a Bloomberg, a rival Ripple já esteve a afundar 33%.

Esta terça-feira, o ministro das Finanças sul-coreano Kim Dong-yeon disse, em entrevista à TBS Radio, que encerrar as bolsas locais de criptmoedas é uma opção em cima da mesa.

No entanto, o governante frisou que quaisquer medidas que venham a ser implementadas exigem "uma discussão séria" entre os vários ministros, acrescentando ser necessária "uma regulação racional" deste tipo de produtos.

"O ministro das Finanças deixou claro que estão a considerar banir a negociação de criptomoedas – e aquele é provavelmente o terceiro maior mercado do mundo", afirmou o analista da ETX Capital, Neil Wilson, em declarações à Bloomberg.

A confirmação de que a Coreia do Sul pretende colocar barreiras nas criptomoedas segue-se à notícia de que também a China pretende bloquear o acesso a plataformas online e aplicações móveis que permitam a transacção das moedas virtuais, quer essas plataformas sejam chinesas ou estrangeiras.

Em Setembro do ano passado, o banco central da China já havia comunicado ao mercado que as ofertas iniciais de moedas (initial coin offerings em inglês, ICO) são ilegais e pediu que todas as operações de levantamento de capital fossem interrompidas imediatamente, tendo emitido novas regras sobre o tema.

Os receios de que os reguladores e as autoridades nacionais possam intensificar o seu escrutínio sobre as criptomoedas têm provocado perdas acentuadas nas últimas semanas, normalmente seguidas por fortes recuperações.

Uma volatilidade que já motivou alertas do chairman da Autoridade Europeia dos Valores Mobiliários e dos Mercados (ESMA). Em entrevista à Bloomberg TV, o seu presidente avisou que os investidores "devem estar preparados para perder todo o seu dinheiro" em bitcoin. "Tem um valor extremamente volátil, que mina a sua utilização como moeda. E não é amplamente aceite".  

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