Opinião
Quanto mais batem em Trump, mais o eleitorado gosta dele
Em Agosto 2015, o Huffington Post anunciou a sua decisão de cobrir a candidatura de Donald Trump na secção de entretenimento. "Não mordemos o isco. Se está interessado naquilo que Donald tem para dizer, encontrará o que procura ao lado das nossas histórias sobre as Kardashian", justificava o site norte-americano.
Em Dezembro do mesmo ano, o Huffington Post recuou na decisão, colocando o noticiário sobre Trump na secção de política. O "entertainer" passou a ser o candidato oficial dos republicanos à Casa Branca, que na madrugada desta segunda-feira teve o seu primeiro debate eleitoral televisivo com Hillary Clinton. Trump já não é para rir. Passou a assustar.
A probabilidade de Trump chegar à Casa Branca é tão grande que o New York Times, em editorial, enumera as razões pelas quais os americanos não devem votar nele. "Os eleitores atraídos pela força da personalidade de Trump devem fazer uma pausa e tomar nota das qualidades que transmite como político: arrogância, um gozo selvagem daqueles que o desafiam comentários degradantes sobre as mulheres, a mentira, generalizações grosseiras sobre nações e religiões. Os nossos presidentes são modelos para as gerações dos nossos filhos. É este o exemplo que queremos para eles?"
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