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25 de Julho de 2008 às 12:19

Sex, drugs & rock ‘n’ roll

Era o "motto" do meu tempo, uma época marcante, que saudade! Agora, bastante podre, com uma inteligência que só é ainda poderosa num país de burros(1), uma memória que parece boa só para aqueles que usam o grande esquema "esquece muito a quem não sabe", e nem falo de outras misérias que só se não notam graças às multinacionais da química (bem hajam!, apesar da Esquerda), eis-me a proclamar: Está tudo na mesma!

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Era o "motto" do meu tempo, uma época marcante, que saudade! Agora, bastante podre, com uma inteligência que só é ainda poderosa num país de burros(1), uma memória que parece boa só para aqueles que usam o grande esquema "esquece muito a quem não sabe", e nem falo de outras misérias que só se não notam graças às multinacionais da química (bem hajam!, apesar da Esquerda), eis-me a proclamar: Está tudo na mesma!

Tudo mal? Nada disso! Tudo bem! Tudo inevitavelmente igual, mais coisa menos coisa.

Excepto quanto ao "good old rock 'n' roll", que é só para os privilegiados que o viveram e para os filhos dos mesmos, a quem foi passado o testemunho (espero que chegue aos netos, etc). O que mudou, benza-nos Deus?

No sexo, como fica mal a um provecto ancião sair em publicidade, fico-me num silêncio adequado ao meu bom nome e reputação, já que o conservadorismo nacional permanece, excepto para o aborto e casamentos homossexuais. Mas é um silêncio cheio de significado, meus irmãos e irmãs, mais novos e mais velhos! Ao fim e ao cabo, continua a haver nascimentos, nem que seja em Badajoz, e eu só me refiro aos preliminares do grande momento (ou o grande momento será ao contrário? Já estou um bocado confuso com a idade).


Dizem-me que o stress dá cabo dos momentos hormonais da geração mais jovem. Só pode ser intrigas da oposição, não pode ser verdade! Antigamente as pessoas, primeiro, tinham que comer. Só muito mais tarde pensavam em f…., e nem falo na atitude lúdico-recreativa para todos, que é, em verdade, a grande conquista do Capitalismo(2) (o Socialismo é para países tesos, em sentido monetário, não no que importa. Aqui, acho que nem Jerónimo de Sousa discorda, lá, na URSS, era um bocado de acordo com a censura, mesmo com umas esbeltas "ladies of the night" para estrangeiros, segundo as más línguas, agentes do KGB(3)).

Nas "drugs", trata-se de uma coisa que todas as sociedades consomem ou consumiram. Todos, no tempo e no espaço, procuraram modos de tornar o comportamento mais desinibido, mais expansivo, mais desenvolto, mais propício para exceder. Até me parece que a grande "droga" dos tempos modernos, em todo o sentido do termo, principalmente no pior, é o "doping" para o desporto, que torna os homens animais de performance(4).

Mas, recreativamente, já os egípcios, pessoal do hedonismo (coisa que, conceptualmente, passou para esses lúbricos que eram os gregos), andavam ao ataque.

Não é necessariamente uma coisa boa, mas é inevitável. Lembram-se da Lei Seca?

Eu até digo, na minha modéstia, que o Bill Gates, o que devia fazer na benemerência (com o cacau do Warren Buffett) era descobrir a droga realmente recreativa, cerebral e fisicamente estimulante, destituída de efeitos secundários, nomeadamente dependência física(5). Também podem liquidar os mosquitos. Não estou contra, mas prioridade é prioridade e, em África, até há aquele maduro da África do Sul, o Mbeki, aliás reeleito, que quer curar a SIDA com uns ingredientes ecologicamente bem vindos pelos Verdes, que metem alho e outras coisas boas para cozido à portuguesa.

Só o Rock 'n' Roll é que está como o panda, em verdadeiro, intenso e lamentável perigo de extinção, enquanto a juventude ouve autêntico lixo tóxico, coisa que eu conheço bem, porque tenho cá em casa um candidato a disc-jockey.

Para mal dos meus inúmeros pecados!

(1) Isto significa que estou realmente provecto.

(2) Não é piada, é sociologia.

(3) Eu sei, mas não posso dizer. E as descendentes são agora modelos na Europa decadente.

(4) No Socialismo, deu as "nadadoras" da RDA. No Capitalismo, deu um candidato presidencial na publicidade ao Viagra, nos EU, claro (o infelizmente derrotado Bob Dole, a Elisabeth, mesmo com 55 anos, era uma barracuda).

(5) Quem estiver de acordo deve escrever ao director deste jornal, a fim de se iniciar o adequado movimento cívico.

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