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21 de Julho de 2000 às 19:04

Raul Marques:«As perspectivas para o investimento sectorial em acções»

O primeiro semestre do corrente ano foi rico em acontecimentos ao nível dos mercados accionistas internacionais, com relevo para os novos máximos de diversos índices internacionais como por exemplo o...

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O primeiro semestre do corrente ano foi rico em acontecimentos ao nível dos mercados accionistas internacionais, com relevo para os novos máximos de diversos índices internacionais como por exemplo o Nasdaq, seguidos de fortíssimas correcções no 2º trimestre.

Nesse contexto, registou-se uma acentuada dicotomia sectorial entre as acções das chamadas Velha e Nova Economia, quer na fase de subida das acções tecnológicas, quer no ciclo de correcção posterior.

Neste momento, as perspectivas que se desenham para os mercados accionistas até ao final do ano são mais animadoras, devido à conjugação de vários factores, a saber: desaceleração económica e diminuição dos receios inflacionistas na economia norte-americana, antecipação pelos mercados de que os Bancos Centrais estarão mais próximos do final do ciclo de subida das taxas de juro, a intenção por parte da OPEP de pressionar o preço do barril do petróleo no sentido descendente e, finalmente, a tendência de anúncio de bons resultados do 2 º trimestre por parte das empresas norte-americanas e europeias.

À medida que têm vindo a melhorar as expectativas para os mercados accionistas, é natural que volte a acelerar a animação nos mercados primários, com o aparecimento de diversas OPV nos mercados internacionais, sendo ainda de esperar o lançamento de novos fundos de investimento. Em mercados em que os fundos mobiliários e os investidores que nele se posicionam se encontrem relativamente próximo da maturidade tem vindo a aumentar o peso dos fundos sectoriais.

Com efeito, com a progressiva globalização dos mercados e das empresas verifica-se que a correlação entre as cotações de empresas que operam no mesmo sector mas domiciliadas em diferentes áreas geográficas tem vindo a aumentar.

Neste contexto, potenciado pelas dicotomias (porventura excessivas) entre as metodologias de investimento Value e Growth, entre acções defensivas e agressivas ou entre os títulos da Nova e da Velha Economia, o investimento temático e sectorial tem assumido um protagonismo crescente, materializado no aparecimento de fundos de acções sectoriais, seja sob a forma de fundos mobiliários normais, seja com o formato de fundos de capital garantido ou de fundos de fundos.

Estou convicto de que essa tendência apenas se iniciou, sendo de esperar um crescimento acelerado ao longo dos próximos anos.

Director-Geral do Banco de Investimento Global (BIG)

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