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09 de Agosto de 2012 às 14:13

Planificar potencia a acção

O imprevisto existe. Mas, quando se tem em conta as variáveis possíveis de controlar, será mais fácil agir perante o inesperado.

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Fazer e fazer, mexer e mexer pode parecer um sinal de muita actividade, mas pode revelar-se um fracasso no final. O importante não é fazer muito mas fazer bem, atingindo o que se propôs. Esta é a importância de se planificarem as acções.

O primeiro passo para uma planificação eficaz é definir de modo claro o objectivo a alcançar. Se não se identifica o objectivo, corre-se o risco de se obterem resultados que não interessam, dispersam-se esforços e os seus intervenientes desmoralizam-se.

Uma planificação é útil quando estabelece pequenas etapas a alcançar, metas sucessivas e quantificáveis.
O segundo passo é ser realista, recolher informações actualizadas e de fontes credíveis. Só com base em dados correctos se podem estabelecer metas e traçar um caminho. Claro que o imprevisto existe, mas quando se tem em conta as diversas variáveis possíveis de controlar, será mais fácil agir perante o inesperado.

Será a hora da criatividade e da intuição, que se forem alimentadas pelo estudo dos factores possíveis de testar, tornam-se mais fiáveis ao improvisar tendo como base experiências reais de sucesso.

Uma planificação é útil quando estabelece pequenas etapas a alcançar, metas sucessivas e quantificáveis. Os resultados de cada etapa são avaliados e só se avança para a fase seguinte quando a anterior estiver concluída. Por fim, um aspecto é essencial: a comunicação fluida.

Se os planos forem assim desenhados de forma consistente, conduzirão passo a passo ao objectivo final. Nestes dois filmes a acção é intensa. Vale a pena sublinhar que o êxito só é possível graças a uma coordenação planificada de múltiplos factores, mas executados com precisão. Cada um sabe o que fazer e tudo se potencia pelo prévio planeamento.




"O Cavaleiro das Trevas Renasce"





Realizador Christopher Nolan
Actores Christian Bale; Michael Caine
Duração 164 minutos
Ano 2012






O realizador Christopher Nolan termina a sua trilogia "Batman" com este filme. Mais uma vez está presente a luta do "bem" contra o "mal", nas suas inúmeras facetas de dúvidas, traições, de ganhos e perdas. Derrotar o mal não é simples. Depende mais do próprio sujeito do que das ameaças externas, da sua motivação em desafiar as suas próprias capacidades e envolver-se num plano que lhe exigirá luta.

Ao longo da narrativa torna-se claro que uma estratégia elaborada tem de estar em constante reavaliação pois o adversário também irá "jogar" as suas armas. Para enfrentar "jogadas" imprevistas é preciso manter sempre claro o fim último a alcançar, para não se desviar do que realmente importa. Um factor decisivo para a vitória é a absoluta necessidade de contar com o conselho e ajuda de outros. Saber seleccionar as pessoas, atribuindo a cada uma a tarefa adequada e acima de tudo, confiar! Uma pessoa dará o seu melhor quando sente que se confia nela e que tem um papel a desempenhar no contexto global. Há soluções que surgem de quem menos se espera.

Por vezes irrompe o desânimo ou o medo, como na cena do "poço". No entanto, um obstáculo visto como insuperável, se for bem analisado com "sábios competentes", poderá ser o "detonador" que projectará o sujeito a lançar-se sem receios até ao fim.



Tópicos de análise



A própria dificuldade estimula a procura de soluções conclusivas.
Planear exige saber seleccionar o mais apto para cada tarefa.
Uma estratégia será tanto mais correcta quanto claro for o objectivo a atingir.








"Homens de Coragem"





Realizador
Mike McCoy, Scott Waugh
Actores Alex Veadov; Roselyn Sanchez
Duração 110 minutos
Ano 2012







Este filme de acção tem a particularidade de utilizar autênticos militares das forças especiais norte-americanas como personagens, o que lhe confere uma forte carga realista. Poderá ser visto por alguns como uma obra realizada para exaltar os valores patrióticos e o poderia bélico dos EUA, mas ao longo das operações de resgate e das acções levadas a cabo contra uma organização terrorista, há um aspecto que sobressai: qualquer iniciativa tem de ser bem planeada.

Cada objectivo é bem identificado e transmitido aos próprios interessados. Todos sabem qual a função a desempenhar e qual o seu papel. Estudam o plano a executar, analisam os dados e estabelecem as várias fases de todo o processo. A coordenação entre as diversas etapas é planeada ao pormenor. A comunicação entre todos os agentes envolvidos é fundamental para permitir ir avaliando a situação e ajustar a execução do plano ao previsto. Da precisão de cada acção dependem as subsequentes, por isso cada um sabe que se efectuar com rigor o que está definido, a missão é cumprida. Quando surge o inesperado, atuam de acordo com o objectivo final a alcançar. Sabem que a repercussão das suas acções tem impacto directo nos outros e no plano traçado. Não são uma peça isolada mas sim parte de um todo que não se esgota no imediato.



Tópicos de análise



A planificação é que dará coerência a cada acção individual.
Cada acção executada tem de ser reavaliada para consolidar a seguinte.
As metas intermédias são eficazes se não se dispersam do objectivo.





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