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15 de Junho de 2007 às 13:27

O brilharete por SMS

Há exemplos que se revelam de forma convincente: Margarida Moreira e Fernando Charrua ilustram um país que Rui Tavares, no Público, definiu como "um inabalável candidato ao Óscar do brilharete". Margarida Moreira estava mortinha por aparecer. Esforçava-se

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Há exemplos que se revelam de forma convincente: Margarida Moreira e Fernando Charrua ilustram um país que Rui Tavares, no Público, definiu como "um inabalável candidato ao Óscar do brilharete". Margarida Moreira estava mortinha por aparecer. Esforçava-se, mas nada. Até que teve conhecimento do insulto.

Um insulto!? E ao primeiro-ministro deste país!? A directora regional brilha em duas páginas de entrevista, com foto na capa do Diário de Notícias. O DN, um jornal centenário e, mais ainda, de Lisboa! Ficamos a saber que não foi uma piada que esteve na origem do inquérito ao professor Charrua.

Figura que, involuntariamente (?), também está famosa. Foi pior: "é um insulto" e ocorreu no interior do edifício onde Margarida Moreira impõe respeito. Quantas e quantas vezes um primeiro-ministro foi insultado? Este, os que já o foram e os que hão-de vir - alvos predilectos da insatisfação.

Faz parte dessa coisa que dá jeito para se chegar ao poder, a democracia. Estes insultos acontecem à vista de todos, na rua ou via TV. Mas este não. Este foi no primeiro andar da DREN e chegou ao conhecimento do poder via SMS. Chegou ao telemóvel da directora e esta não esteve pelos ajustes.

Versão da própria: "Davam-me conta de que estaria a acontecer uma coisa grave (?) Foi numa sexta-feira. Na segunda-feira tinha a participação escrita do facto". Assim, tiro e queda. Margarida Moreira conseguiu o brilharete. E promete não ficar por aqui: "Se tiver de afastar alguém do PS também afasto". Quando se toma o gosto?

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