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Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses
Acompanhe aqui, minuto a minuto, o desempenho dos mercados desta quinta-feira.
Euribor sobe a três meses e desce a seis e a 12 meses
A Euribor subiu hoje a três meses depois de ter descido para um novo mínimo desde fevereiro de 2023 na quarta-feira, e desceu a seis e a 12 meses em relação à sessão anterior.
Com as alterações de hoje, na quinta sessão depois de o Banco Central Europeu (BCE) ter descido de novo as taxas diretoras, a taxa a três meses, que avançou para 2,535%, continuou acima da taxa a seis meses (2,466%) e da taxa a 12 meses (2,354%).
A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou hoje para 2,466%, menos 0,010 pontos do que na quarta-feira.
Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a dezembro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,64% do 'stock' de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,69% e 25,6%, respetivamente.
No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também caiu hoje, para 2,354%, menos 0,015 pontos.
Em sentido contrário, a Euribor a três meses subiu hoje, ao ser fixada em 2,535%, mais 0,006 pontos que na quarta-feira, quando desceu para 2,529%, um novo mínimo desde 01 de fevereiro de 2023.
A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e que não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.
A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, em janeiro de 2025 foi fixada em 2,500%.
Em termos mensais, a média da Euribor em janeiro voltou a descer a três e a seis meses, mas subiu a 12 meses, pela primeira vez depois de nove meses a cair.
Enquanto a média da Euribor a 12 meses subiu 0,089 pontos para 2,525% em janeiro, as médias a três e a seis meses continuaram a cair, designadamente, para 2,704%, menos 0,121 pontos percentuais do que em dezembro, e para 2,614%, menos 0,018 pontos.
Na reunião de política monetária de 30 de janeiro e como antecipado pelos mercados, o BCE baixou de novo, pela quarta reunião consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base.
A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de março em Frankfurt.
Resultados sobrepõem-se a guerra comercial e lançam Stoxx 600 para recorde
Os principais índices europeus estão a negociar em alta, com o índice de referência europeu a alcançar novos máximos históricos, numa altura em que a volatilidade parece estar a abrandar com os investidores a mudarem o foco de uma guerra comercial para os resultados das empresas.
O "benchmark" para a Europa avança 0,75% para 542,59 pontos, após ter chegado a tocar máximos históricos nos 542,88 pontos. A dar o maior impulso está o setor mineiro que sobe mais de 2%, à boleia da maior produtora de cobre da Europa, a Aurubis que revelou lucros antes de impostos do último trimestre do ano passado que ficaram acima do esperado.
O setor da saúde valoriza perto de 1%, à boleia dos resultados da AstraZeneca, que sobe mais de 5%, após ter revelado que espera uma faturação para 2025 acima das estimativas dos analistas.
Noutros movimentos de mercado a gigante dos transportes Maersk pula quase 9%, após ter anunciado um programa de recompra de ações de 14,4 mil milhões de coroas dinamarquesas (1,93 mil milhões de euros ao câmbio atual).
Ainda centrar atenções está a primeira reunião de política monetária do ano do Banco de Inglaterra, sendo esperado que reduza as taxas de juro e que sinalize que haverá mais reduções no futuro, uma vez que a economia do Reino Unido está a estagnar. O banco central vai ainda atualizar as suas previsões de crescimento económico e de inflação.
"Continuamos otimistas em relação às mercado acionista europeu e vemos sinais iniciais de estabilização na Alemanha e em França, tanto na indústria como nos serviços", afirmou à Bloomberg Susana Cruz, estratega da Panmure Liberum.
"O mercado europeu continua a oferecer um valor atrativo, sobretudo entre as empresas de grande capitalização bolsista com uma exposição global diversificada. Também favorecemos atores domésticos, especialmente os bancos", completou.
Entre os principais índices da Europa Ocidental, o alemão Dax soma 0,8%, o francês CAC-40 valoriza 0,71%, o italiano FTSEMIB ganha 0,67%, o britânico FTSE 100 sobe 1,09% e o espanhol IBEX 35 avança 0,63%. Em Amesterdão, o AEX regista um acréscimo de 0,44%.
Juros agravam-se ligeiramente na Zona Euro. Emissões de Espanha e França centram atenções
Os juros das dívidas soberanas da Zona Euro estão a agravar-se ligeiramente esta quinta-feira, com os investidores atentos a emissões de dívida de Espanha e França, bem como uma reunião de política monetária do Banco de Inglaterra.
As Bunds alemãs a dez anos, que servem de referência para o bloco europeu, soma 1,9 pontos base para 2,382%. Já a rendibilidade da dívida francesa, com a mesma maturidade, avança 2,4 pontos base para 3,105%.
Por cá, as "yields" das obrigações do Tesouro agravam-se 2,1 pontos base para 2,805% e a das obrigações espanholas também a dez anos somam 2,2 pontos para 3,004%. Já as "yields" da dívida italiana sobem 2,1 pontos para 3,470%.
Fora da Zona Euro, os juros das "Gilts" britânicas a dez anos agravam-se 0,1 pontos para 4,436%.
Libra em queda à espera de reunião do Banco de Inglaterra
A libra segue a desvalorizar face ao dólar, horas antes de uma reunião de política monetária do Banco de Inglaterra (BoE) esta quinta-feira, com os investidores sobretudo atentos às projeções económicas do banco central que serão também atualizadas esta quinta-feira.
A libra recua 0,54% para 1,2347 dólares e cede 0,16% para 1,2002 euros.
Os investidores estão a incorporar uma descida de juros de 25 pontos base, mas não vêm sinais de um novo corte até junho. As atenções vão centrar-se nas declarações do governador do BoE, Andrew Bailey, sobre o rumo futuro da política monetária.
A estagnação da economia britânica tem sido uma das preocupações do banco central, mas a inflação permanece elevada, o que tem limitado a ação do banco central.
"Embora o Comité de Política Monetária possa desejar uma flexibilização mais rápida, a inflação persistente ainda não o permite e, provavelmente, também impedirá qualquer tipo de narrativa mais 'dovish' nesta fase", explicou à Reuters Michael Brown, estratega da Pepperstone.
Ouro corrige após máximos históricos
O ouro está a desvalorizar ligeiramente, depois de ter atingido ontem novos máximos históricos, à boleia de maior procura por ativos-refúgio face a uma guerra comercial que envolva os Estados Unidos e a China.
Também a incerteza geopolítica aumentou a procura pelo metal, depois de o Presidente dos Estados Unidos ter afirmado que os EUA poderiam assumir responsabilidades sobre a Faixa de Gaza, que quer começar a trabalhar num novo acordo nuclear com o Irão e que espera apresentar um plano para terminar a guerra na Ucrânia na próxima semana.
O metal segue assim a recuar 0,42% para 2.855,08 dólares por onça, depois de ter chegado ontem aos 2.882,36 dólares e valoriza 9% desde o início do ano.
Petróleo recupera após Arábia Saudita aumentar preços
Os preços do petróleo estão a valorizar, depois de um "sell-off" na quarta-feira, impulsionados por um aumento significativo dos preços dos barris com entrega para março pela petrolífera estatal da Arábia Saudita, a Saudi Aramco. No entanto, o aumento está a gerar uma subida contida depois de o Brent ter registado a maior queda diária em três meses na sessão passada.
O West Texas Intermediate (WTI), de referência para os EUA, sobe 0,34% para 71,27 dólares por barril, enquanto o Brent do Mar do Norte, o "benchmark" europeu, soma 0,24% para 74,79 dólares.
O "ouro negro" registou fortes perdas de 2% na quarta-feira pressionado por um aumento dos "stocks" de crude e derivados nos Estados Unidos, um sinal de menor procura, ao mesmo tempo que os investidores estiveram a avaliar os impactos de uma guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo, os EUA e a China.
Os preços dos dois contratos de crude perdem cerca de 10% desde máximos de 2025 a 15 de janeiro e os analistas esperam continuada volatilidade nas próximas semanas. A queda tem sido, ainda assim, amparada por novas sanções à Rússia e aos Estados Unidos, bem como as adiadas tarifas a importações para os EUA de produtos do Canadá e México.
Futuros da Europa no verde. Apetite pelo risco leva Ásia a recuperar
Os principais índices europeus estão a apontar para um início de sessão em alta, com os futuros sobre o Euro Stoxx 50 a valorizarem 0,53%, numa altura em que a volatilidade parece estar a abrandar com os investidores a mudarem o foco de uma guerra comercial para os resultados das empresas.
A centrar atenções está a primeira reunião de política monetária do ano do Banco de Inglaterra, sendo esperado que reduza as taxas de juro e que sinalize que haverá mais reduções no futuro, uma vez que a economia do Reino Unido está a estagnar. O banco central vai ainda atualizar as suas previsões de crescimento económico e de inflação.
Na Ásia, o índice agregador das praças da região, o MSCI Asia Pacific, valoriza pelo terceiro dia consecutivo para máximos de sete semanas, com a China a liderar os ganhos, com maior apetite à falta de novos catalisadores negativos derivados das tarifas.
O continental Shanghai Composite ganha 1,27% e, em Hong Kong, o Hang Seng valoriza 1,18%.
Pelo Japão, o Nikkei avançou 0,61% e o Topix somou 0,25%, à boleia de resultados positivos do banco Nomura e da fabricante de "chips" Renesas.
Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 1,1%