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16 de Fevereiro de 2007 às 13:59

O amável Alberto

Ninguém espere determinação de Alberto Martins. Ele é o homem certo para o cargo, como o foi com Guterres. Foi ministro sem deixar marca. Passou dias, semanas, meses, anos, a pensar a reforma do Estado no bucólico Palácio das Laranjeiras. Chamava-se mesmo

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Alberto Martins prestou-se à função. Também aceitou liderar a bancada parlamentar de Sócrates, o que, na verdade, corresponde a um prolongamento das suas funções governativas. Ou seja, ser nada parecendo ser muito. Como Alberto Martins pensa e tem certamente momentos de briga, acolhe a oportunidade para mostrar existência própria. A vitória no referendo é um exemplo, com expressão audível nas jornadas parlamentares do partido.

Começou forte, em tom de desafio – "Ninguém fará a lei por nós (?) Não haverá aconselhamento obrigatório"– para sair sorrateiro, vergado à evidência. Eles, os deputados, farão o que Sócrates quer e ele quer que a nova legislação saia do epicentro do poder, o seu gabinete. Será o ministro da Saúde a aconchegar a lei, acolhendo as "boas práticas" europeias impostas pelo Presidente da República. Será assim, com os equilíbrios que reúnem a sociedade portuguesa na confluência do centrão eleitoral. E Alberto Martins não se arrelia? Não, já teve outras oportunidades e melhores razões. Não lhe está nas veias.

P.S. Sócrates assinou o feriado de Carnaval. Com o circo não se brinca. Desde que Cavaco brincou com o povo.

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